quinta-feira, 27 de maio de 2004

Beatallica

Um dia incomum. Não porque tenha feito algo legal, ou porque tenha acontecido alguma coisa de muito diferente, mas simplesmente porque não acordei a tempo de assistir a única aula do dia, sendo que hoje seria a primeira vez que eu iria pra aula dessa matéria (IMCS) tendo o lido o texto antes. Fazer o que, né?!Sempre haverá uma próxima chance. Mas nem só de perdas se fez o dia.

Nunca tinha parado para imaginar como ficariam as músicas dos Beatles numa versão "Metallica". Até hoje. Assim é o som da banda Beatallica, que faz paródias dos Beatles e do Metallica mesclando as músicas dos primeiros com o estilo da segunda. Além de ser muito divertido o som é de qualidade, no site deles estão disponíveis TODAS AS MÚSICAS GRATUITAMENTE, isso é que é amor a arte!!!, mas obedeçam os avisos, ok?! Não vendam essas músicas de maneira nenhuma, distribuam gratuitamente apenas.

últimos dias

Não tive tempo de postar nos últimos 2 dias, então ai vai:

25/05/2004 - Terça-Feira

Adoro esses filmes que me fazem sentir um merda! - Emanuel Lobo (Emanuelzinho)


Hj assisti a aula que tenho pela manhã, depois li uns textos, almocei, voltei a leitura e qdo estava indo jantar o Emanuel e o Maranhão me chamaram pra ir assistir "Diários de Motocicleta", um filme sobre "um 'Che' sem boina", como foi dito por ai. Como filme ele não é muito bom, deixa muito a desejar, mas como idéia me faz concordar plenamente com o Eamanuel. O feito dos dois amigos (cruzar a américa do sul, da Argentina, pelo Chile até a Venezuela)é um dos meus sonhos de vida, e tudo o que eles encontram pelo caminho (fome, desigualdade, injustiça, doença, belas paisagens, um povo corajoso, amizade...) faz a gente pensar na vida.

Será que estou no lugar certo? Será que estou fazendo a coisa certa? Onde estaria se não aqui? Onde deveria estar? O que deveria fazer?

As respostas se constroem no dia a dia, cada ação, cada omissão, constrói o nosso futuro e, com ele, a nós mesmos.

26/05/2004 - Quarta-Feira

A única coisa que me impede de sair voando por aquela janela é o fato de que eu e vocês acreditamos que não seria possível.

Um dia bem aproveitado. Pela manhã aulas, depois do almoço recital de música clássica no auditório do CEPLAN. A tarde mais aulas, até às 20h. Na saída da aula uma passada no postinho pra cumprimentar o pessoal que estava na "QUARTA-INTERNACIONAL" (um encontro do pessoal de relações internacionais que se reune pra tomar umas cervas todas as quartas no Bob's do postinho da UnB). Não fiquei por lá, queria chegar em casa e adiantar algumas coisas.

Na aula de antropologia a discussão sobre mídia nos levou a discutir a verdade e sua existência. Será que existe a verdade? ou apenas visões de mundo? É possível existir algo que seja puramente aquilo mesmo? Existe algo que não se influencie pelo que pensamos e sabemos antes de conhecê-lo? Se não existir verdade não há conhecimento confiável. Então pra que saber? Pra que estudar?

segunda-feira, 24 de maio de 2004

Conhece-te...

Ápos um dia no Poço Azul o mínimo que podia fazer era "dormir até acordar", ou seja, dormir sem ligar o despertador e acordar por vontade própria. Foi o que fiz hoje. Acordei (às 9h) bem menos dolorido que da última vez, fui pra aula de economia e a assiti a aula quase toda, o que já é uma vitória. Depois do almoço fui na palestra do MUDE com o professor Michelângelo sobre reforma universitária, muita coisa interessante e pouco tempo pra falar.

Às 16:00h, não fui à aula de TPM, mas sim numa palestra cujo tema era: SABEDORIA ORIENTAL x FILOSOFIA OCIDENTAL. Foi mais uma visão geral do hinduismo, do budismo e do Taoísmo (lê-se daoismo), msa mesmo assim foi muito bom pq deu mais profundidade ao que eu conhecia dessas "religiões" pelo "senso comum".

Hoje é aniversário da Ivelise (Parabéns Ive), uma das meninas do meu semestre e por isso a galera se reuniu na república dela (onde moram ela, a Flora a Jana e a Mafê). É sempre bom sentir esse espirito de união, mesmo espalhados por diferentes matérias e horários na faculdade e nos vendo pouco basta "soar a trombeta" que todos se encontram e festejam a amizade!

Aprendi, ou melhor, compreendi algo visceral em minha personalidade hoje. Quando com o pessoal, não consigo permanecer nas rodinhas e não consigo entrar em outras porque me sinto mal ao interromper os outros e me sinto mal ao interromper os outros porque fico chateado quando me "cortam" literalmente no meio da frase e viram as costas pra ouvir outra pessoa. Nada psicótico, claro! Mas acho falta de educação e mesmo de respeito. Vai entender né? cada um com sua mania. Até convivo de boa com essas coisas, desde que não aconteçam com muita frequência, porque acabo me irritando depois da 10ª vez. O Lance é que isso me fez entender porque quando estou em reunião ou numa palestra, levanto a mão e fico calado esperando a minha vez de falar, às vezes ninguém está respeitando as inscrições, ou mesmo, quem faz as inscrições nem está me vendo, mas espero até ser visto ou receber a palavra pra falar, nunca parei pra refletir sobre isso como reflexo dessa minha "necessidade" de ser ouvido com atenção.

Preparem-se em breve algo novo e divertido vai surgir!

domingo, 23 de maio de 2004

Calmaria

Depois da tempestade...

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Hj fui no Poço Azul mais uma vez, como fui com uns amigos de uma amiga minha acabei conhecendo um monte de pessoas legais. Lá no poço "descobri" umas cachoeiras que o pessoal ainda naum conhecia e que eram muito boas pra tomar banho.

O dia estava muito bonito, céu azul, poucas nuvens, sol forte, havia borboletas de varias cores por toda parte. Pelo meio da tarde tivemos o prazer de assistir um lindo espetáculo da natureza: Uma bando inteiro de macacos saltando pelas árvores através de uma cachoeira bem na nossa frente. Foi muito bonito, e a sensação de proximidade com a natureza se fez ainda maior.

Amanhã a semana recomeça, espero que possa fazer ela ser diferente, preciso fazer as coisas de um jeito diferente, preciso fazer cada dia ser um dia só, sem igual.

Depois da chuva...

"A falsidade é a mãe de todos os sentimentos"

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Ontem(sábado22/05) findou-se uma semana de muita correria. Uma semana que, nas palavras de uma "filósofa amiga minha", me faz sentir "um lixo por não ter tempo nem de ter crise de conciência"¹. Fiz uma prova de introdução à economia hoje, acredito ter ido bem, dia 31/05 descubro a verdade.

Após a prova "matei" o resto da tarde com clips e papos pela internet. No começo da noite saí com a Flora, os pais dela e a Mafê.Fomos ao shopping e depois ao teatro.

É justamente o teatro que merece maior destaque, assisti a uma peça bem "fora dos padrões", bastante alternativa, na qual se põe questões que deveriam estar presentes em todos os momentos da nossa vida, quem somos? porque somos? pra quem somos?... todas são perguntas bem difíceis de se responder, na verdade acredito mesmo que o mérito e a graça da coisa está mesmo em procurar pelas respostas ao longo da vida e, por meio dos questionamentos nos fazer mehores. É incrivel como a nossa cultura e nossa sociedade querem sempre que as perguntas tenham respostas prontas e acabadas, ignoram-se as questões retóricas e aquelas que simplesmente buscam chamar a nossa atenção para algo antes negligenciado.

A frase forte no início desse "post" é uma das falas da peça, e é em si um questionamento muito forte de nosso "comportamento humano". se nosso maior inimigo somos nós mesmos, nosso maior medo é o de nos questionar. Por que será que nos parece tão perigoso conhecer alguém tão próximo de nós como é o nosso interior? Por que a medida que "evoluímos" mais e mais perguntas, mesmo que não respondidas (nem mesmo em parte) têm que ser legadas ao esquecimento?

quinta-feira, 20 de maio de 2004

chovendo

Semana péssima. Detesto ficar com todo o meu tempo tomado por coisas inadiáveis, e essas provas fizeram isso com a minha semana. Na segunda tive que entregar a prova de Antropologia (com a qual perdi todo o fim de semana - quase todo), e depois de amanhã tenho prova de economia, com a qual tenho ocupado todo o tempo livre da semana.

O lado positivo (será?) é que minhas indagações filosóficas e existenciais ficam em segundo plano e tenho menos tempo pra me sentir mal, ou melhor, para me sentir vazio e "questionante". Sábado devo assistir a uma palestra sobre Mozart e domingo talvez vá ao poço azul de novo. Nada de bom hoje. Ontem assiti o filme "As invasões Bárbaras" no Anfiteatro 15 da Unb (lá eles passam um filme de graça todo dia na hora do almoço). Fala sobre um pai que está próximo da morte e que tem um filho que faz de tudo para conseguir-lhe um "final feliz" ou o mais próximo disso, não sei se consigo resumí-lo aqui de maneira satisfatória, e nem sei se devo. ASSITAM!!! e tirem suas próprias conclusões.

domingo, 16 de maio de 2004

...E CHOVE!!!

Após vários dias de sol o tempo se fecha, apesar de fechado a chuva ainda parecia distante, mesmo quando as nuvens se adensaram e chuviscou ela parecia pronta pra ir embora, mas as nuvens ficaram e choveu lá fora... chove aqui dentro!!
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O momento sublime que precede a tempestade realmente durou bastante, é bem verdade que alguns chuviscos já vinham caindo, como presságio do que estava por vir, mas sinseramente acreditei que a ameaça de chuva havia se dissipado. Porém, os chuviscos sentimentais, somados com todos os trabalhos e provas que tenho pra fazer/entregar nessa próxima semana, com certeza elevarão a "pluviosidade e a força dos ventos" a ponto de podermos classificar a tão adiada chuva em TEMPESTADE. Espero que no final, além de sobreviver (agente sempre sobrevive a essas coisas) eu possa mesmo ver o ARCO-ÍRIS, sinal de nova vida, prosperidade e bonança após a chuva destruidora.

Nos últimos dias apesar de algumas situações dignas de menção não pude postar. Entre estas situações três merecem sitação:

Na sexta encontrei a Juliana (uma das "minhas" calouras, e minha "semi-afilhada" de curso, ou, como chamamos: "melhor amiga") estudamos juntos até a hora do almoço e depois ficamos deitados na grama divagando sobre a falta de jeito para abraçar que tem os brasilienses. O Denisson (tb calouro) tb esteve conosco um tempo. Foi legal ficar por horas (nem lembro quantas) conversando sobre coisas que não dizem respeito a nada prático, é sempre bom saber que não estou perdendo a capacidade de "pensar pelo pensar", pois ia me sentir muito mal se a perdesse.

A noite, após me encharcar com a chuva no caminho para o jantar, fui na casa da Flora (e mais uma vez me encharquei no camiho), fomos juntos ao mercado e depois conversamos longamente, mais uma vez sobre temas variados e não ligados à faculdade, até acabou rolando uma discussão acerca das definições de iniciativa e decisão, mas foi um uso lúdico de nosso saber "científico", os cientistas "sérios" por favor nos perdoem por tal "heresia".

Sábado. Adiantei dois dos três trabalhos por fazer, ainda falta um e muitos textos pra ler para a prova do sábado seguinte.

À noite fomos ao "Café da rua 8" (Flora e eu) ouvir mpb e (acreditem!) tomar uma cerveja (Cerveja num café? fazer o q né? nem esperava que a flora fosse "me levar pra beber", entaum fiquei até sem reação - hauauahahauahuaauhauhauahauahauahauau!!!).
Mais uma vez conversamos variedades, dessa vez num clima mais leve e menos "científico", até porque conversamos sobre coisas mais amenas.

Hoje. Muito a fazer, nem sei porque estou aqui agora (talvez pq qdo estou aqui me sinto um pouco mais perto de quem está longe - Vivinha, Victor, avisem pro pessoal sobre o blog tá?) preciso correr, talvez vá ao lançamento de um CD de Blues hj: Brasília EU TE AMO, por suas atrações gratuitas de qualidade!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2004

Ronin - parte 2

...esse lutar por ninguém, por nenhum objetivo, nenhuma finalidade, por mais que seja gratificante sob a forma dos sorrisos recebidos e da satisfação do dever cumprido nada mais faz que me frustrar.
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Ordinário, é asim que eu definiria o meu dia. Aulas das 8h às 20h e logo na primeira (Psicologia da Personalidade) uma atividade sobre os estágios do desenvolvimento psicossexual, tudo bem até ai, se não fosse eu e a minha dupla (A Tamie, amiga e colega de curso) termos esquecido o texto sobre o tema. Mas tudo acabou bem, o questionário ficou para ser entregue na próxima aula e faremos ele amanhã.
Na aula de econômia, a explicação do professor se mostrou sonífera e pouco proveitosa. Entre as aulas e ler o manual, prefiro o manual, apesar de que ler geralmente exige um pouco mais de esforço que ouvir é mais fácil ler o manual que ficar acordado na aula.
Eis algo que saiu da rotina, mas que não me ajuda nem um pouco em relação ao marasmo: almocei só hoje. Até encontrei uns calouros na fila do RU, mas eles acabaram decidindo comer peixe, e a última coisa que eu queria hj era comer o peixe do RU.
A aula de Antropologia, mais uma vez, não aconteceu. O monitor apareceu por lá e entregou as questões da prova, depois fomos liberados.
Algo fora da rotina ocorreu também na aula de Antropologia. Uma das meninas que sempre sentam na frente da sala veio, do nada, falar comigo:
"_ Anime-se, o que você tem que está pensativo?!" - disse me ela.
Disse-me e seguiu em frente, mais rápido do que pude "despertar" do meu devaneio e responder alguma coisa. Quando ela passou de volta perguntei como ela sabia que na segunda não haveria aula.
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Conversamos uns dois minutos, apenas o suficiente para saber que ela se chama Thaís e que faz 2º semestre de Serviço Social. Estava por demais imerso em meus pensamentos para levar o papo adiante.
Conhecer pessoas sempre costuma me animar, mas hoje, nem mesmo tendo sido de maneira tão inesperada, nem isso ajudou-me a enfrentar o "banzo".
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A aula seguinte foi de Teoria Política Clássica (TPM), e nela fiz uma prova sobre Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau. Não foi exatamente a prova que eu queria fazer, mas a nota será satisfatória.
Em seguida, a última aula do dia, Introdução a História, gostaria de estar levando essa matéria ainda mais a sério, e de ter mais professores como a que leciona essa matéria, essa tem sido uma das melhores matérias do semestre, não só pelo conteudo e pelas atividades como pela própria metodologia da professora. Nessa aula acabei de assistir o filme "Montanhas da Lua", que fala sobre a dois geógrafos que buscavam encontrar a nascente do Nilo. Fiquei interessado pela história e procurarei pelos livros desses geógrafos para ter um melhor conhecimento dos fatos.
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Na saída comentei com um amigo (Emanuel) sobre meu tédio, sobre a sensação de desânimo e falta de objetivo.
A verdade é que esse lutar por ninguém, por nenhum objetivo, nenhuma finalidade, por mais que seja gratificante sob a forma dos sorrisos recebidos e da satisfação do dever cumprido nada mais faz que me frustrar. Me sinto perdido e exilado, privado de ser eu por inteiro. Mesmo nesse amar incondicional me vejo condicionado, limitado, podado, não posso demosntrar meu carinho e mina afeição pelas pessoas que considero minhas amigas, porque elas e todas as outras para temer algo. Logo eu que nunca fui muito de demonstrar meus sentimentos agora me sinto podado por não poder fazê-lo como antes.
A única forma de me expressar sem ser criticado, mal interpretado e questionado seria amar alguém em especial, mas como posso fazê-lo se tal alguém não existe, ou melhor, se depois de tanto tempo amando a tudo e a todos, servindo a diversos senhores e senhoras, já nem mesmo sei dizer quando estou enamorado, ou se apenas desejo o bem e tenho carinho por alguém?
MALDITA a hora em que resolvi moldar um eu forte que fosse capaz de enfrentar o vil mundo lá fora. As vezes é forte em mim o sentimento de desencanto com a humanidade. Todos parecem tão vis, tão egoistas, tão sem tempo, voltados para objetivos imediatistas e tão pouco preocupados com valores como amizade, amor (em todas as suas faces), lealdade, verdade, liberdade, compaixão, contemplação, humildade, ética, honra, e tantas outras coisas que independentemente, ou justamente por isso, de serem tidas muitas vezes como entaves ao "progresso do homem, do capitalismo liberal e mesmo da ciência" são verdadeiros ítens de um guia para a convivência pacífica e profícua entre as pessoas...

terça-feira, 11 de maio de 2004

Ronin

A pior parte de amar a tudo e a todos é acabar não amando ninguém em especial
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A tempestade que se armava sobre minha cabeça e parecia iminente e inevitável está se mostrando um mero chuvisco. Consegui estudar a tempo para as duas provas que tinha que fazer e a terceira que eu deveria receber na segunda e entregar pronta na quarta acabou sendo adiada.
Agora que as coisas retornam ao normal e o céu se encontra azul e sol brilha alto,pequenas nuvens que antes compunham o cenário retornam às suas posições. Tratam-se de preocupações existenciais intangíveis e, de certa forma, menores, mas que se fazem constantes e costumam enterter minha mente por um bom tempo. Ultimamente, dentre essas nuvens, aquela que mais teima em tapar-me o sol é a minha situação como um Ronin amoroso.
No Japão antigo eram chamados de ronin os samurais desempregados: aqueles que ainda não tinham um daimyo para servir ou quando o senhor dos mesmos morria ou era destituído do cargo. No meu caso talvez a comparação se faça melhor com a de um trovador Medieval Ocidental sem uma "senhora". O fato é que já há algum tempo tenho me dedicado a amar a todos os que me rodeiam, atuando de maneira promover a felicidade e a satisfação deles e, consequentemente, a minha. Porém essa atividade, apesar de engrandecedora, acaba se mostrando desgastante quando aqueles a quem você procura amar se mostram desconfiados e receosos de se deixar amar. É preciso um gande esforço para vencer barreiras desse gênero, esforço esse que acaba não sendo recompensado de maneria a encorajar novas tentativas. Me sinto como se servisse a diversos senhores, sem no entanto estes o saberem, e muitas vezes, quando sabendo, ignorando que busco apenas o bem para todos.
Que me perdõem os deuses, mas o desafio se faz grande por demais para ser enfrentado por mim sem que eu tenha algo (alguém) que me reestabeleça as forças e me incentive a seguir em frente. preciso de alguém que se deixe amar sem "resistências" e que me ame. Sinto que só assim terei forças para seguir em frente e fazer tudo o que tem que ser feito. Preciso de um daimyo que dê sentido aos meus "atos de guerra". Preciso de uma senhora que inspire minhas trovas...

sábado, 8 de maio de 2004

Poço Azul

Apesar de abarrotado de coisas por fazer, hj o dia foi para relaxar. Eu e mais 4 amig@s resolvemos ir numas cachoeiras que têm aqui perto e o dia foi muito, muito bom!
Pra começar uma longa caminhada morro abaixo por uma trilha super estreita, o contato com a natureza e o silêncio só quebrado pelo canto dos pássaros traziam uma enorme paz interior. Andamos por uma hora mais ou menos, boa parte da caminhada pelo leito do rio, a água estava gelada, mas muito revigorante. no início paramos numa cachoeira alta com um poço muito fundo, mas a correnteza estava muito forte, ficando muito cansativo permanecer ali. seguimos mais adiante pra ver se encontravamos um bom lugar pra ficar, todo o tempo apenas nós e a natureza. tiramos muitas fotos (que em breve estarão em www.claudiomar.hpg.com.br, o sitio de um dos amigos que foram) de paisagens lindas e de feitos "grandiosos".
No começo da tarde retornamos a uma cachoeira pela qual passamos no caminho e não permanecemos pq lá haviam outras pessoas. A água era límpida como água mineral e a cachoeira possuia lugares nos quais podíamos nos sentar e deixar a água cair sobre nós.
Agora preciso retornar aos estudos e aproveitar as energias repostas para estudar para as provas dessa semana.
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p.s.: Recebi hj uma notícia que pode vir a ser boa, a UnB terá uma paralização de dois dias essa semana (segunda e terça) o que significaria adiamento de uma das provas, porém não sei se meus professores irão aderir a essa "mini-greve".

quinta-feira, 6 de maio de 2004

Mais próximo do próximo instante

A beleza do momento anterior já se dissipa entre as grossas nuvens que se formam no horizonte, o cheiro de chuva se faz mais forte, é possível sentir a humidade do ar molhando o rosto...
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Procurei estudar a matéria de uma das 3 provas da próxima semana hoje. Li já uma boa parte dos textos, espero que a leitura esteja sendo produtiva e que os conceitos permaneçam em minha mente.
Na verdade podia ter estudado bem mais, mas existem coisas que se apresetam mais prazerosas de se fazer. Após o almoço acabei indo assistir uma apresentãção de sax e piano. Cada vez mais a música toma conta da minha felicidade. logo depois estendi minha rede no chão e qdo eu e a Victória (uma amiga e colega de curso) começavamos a estudar, a Tamie (tb amiga e colega) chegou e com ela o Djallys e acabamos todos fazendo "interpretação de nuvens" e conversando sobre amenidades. Gostaria de saber como faço pra ganhar a vida com isso, andando por ai, conversando com as pessoas, usando o tempo para me aprofundar num dos mais profundos enigmas do planeta: o ser humano.
Após dormir um tempo terminei de ler um dos textos, jantei e fui numa palestra com a embaixadora estadunidense, apesar de das perguntas muito amenas e pouco interessantes, ouveram algumas que fizeram valer a pena estar lá.
O fato de ter muitos textos por ler e pouco tempo para fazê-lo (minhas três provas da semana que vem estão entre a segunda e a quarta feira e o fim de semana já esta comprometido com um passeio e com a fiscalização de uma prova de concurso) começa a me preocupar, qto menos eu pensar na contingência das coisas melhor, cada coisa de uma vez.
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"...somente o necessário/ o extraorinário é demais...." - Baloo ("papai urso" do Mowgli)

quarta-feira, 5 de maio de 2004

O dia antes da chuva

Existe um momento antes da tempestade, aquele que precede exatamente o desabar das águas, no qual o tempo parece parado. Nesse exato momento toda a beleza do mundo se condensa e mesmo a pureza do ar se faz ver. Cada raio de luz se faz, em si, um sol. O perfume das flores alcança todo o universo e o trinar dos pássaros se faz uma sinfonia densa, leve, e harmônica melodia. Só então... CHOVE!!
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Tudo correu espantosamente bem hoje. Logo cedo (às 8:00h) tive prova de psicologia da personalidade, levando em conta o quanto estudei, duvido muito que tire uma nota muito boa, mas sem duvida atingirei algo dentro da média que almejo e acredito merecer. Depois (às 10:00h), pela primeira vez, consegui prestar atenção em uma aula de economia e, o que é mais surpreendente, as palavras do professor se fizeram compreensíveis. Mesmo assim saí mais cedo da aula, pretendia assistir um filme no anf 15 (o qual acreditava ser piratas do caribe e acabou sendo Peter Pan, o qual não foi exibido).
Na seqüência a próxima aula seria a de antropologia (às 14:00), no entanto me fiz ausente para ir até a Esplanada dos Ministérios e concluir os trâmites do meu estágio. No caminho convido, por meio de mensagem SMS, uma amiga para ir ao teatro nacional logo mais a noite para assistir um concerto. O convite é aceito. Sem atraso nem espera, consegui entregar os documentos e assinar os papéis necessários. Retornando para Asa Norte, decidi ir até a polícia civil e prestar queixa, oficializando assim o extravio da minha identidade. Mais uma vez fui atendido com presteza e cordialidade.
O desafio do dia seria então voltar pra casa. Sem dinheiro no bolso me dirigi ao EXTRA, onde se encontrava o caixa eletrônico mais próximo: SAQUE INDISPONÍVEL. Virei as costas me resignando a enfrentar os dois ou três quilômetros do caminho de volta pra casa. Ao chegar à porta do supermercado resolvi voltar e conferir meu saldo. Para meu espanto lá não estavam apenas os quatro reais restantes do meu magro limite de cem, mas todo o dinheiro do mês já se encontrava em minha conta. Assim sendo, se fez possível o saque num caixa da rede 24 horas.
De volta a UnB (às 18:00 h), decidi jantar antes de ir a aula de história, encontro um amigo no RU e este me diz também estar indo ao teatro nacional e me informa de que Aline, a minha amiga, não está assistindo a aula de história, mas sim a monitoria de economia. Findo o jantar vou ao deles no anf 16. Lá encontro, além do Djallys (o amigo que encontrei no RU) e da Aline, também a Flora, que decide unir-se a nós. Após aguardar uma conturbada sessão tira dúvidas (ou seria cria dúvidas?), nos dirigimos ao ponto de ônibus e de lá, ao teatro.
Chegamos um pouco atrasados. O espetáculo como um todo se fez muito tocante com especial destaque para alguns movimentos (os músicos de plantão me perdoem se uso indevidamente o termo) de violoncelo e piano, que foram tremendamente inspirados e tocantes. É bem verdade que muito pouco conheço sobre Schumann, Saint-Saens e mesmo sobre música clássica em geral, mas tenho sentimentos e posso, na minha “surdez técnica” - assim como o cego “sente”, com as mãos, as imagens – sentir a música com o coração.
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De volta em casa. A lembrança da matéria por estudar, das provas por vir, do tempo que se faz escasso, das contas a pagar. cheiro de chuva no ar...