segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Quem sou eu?

Meus amigos,

Estava dando uma olhada no horóscopo chinês, observando as características que são atribuídas aos animais e, conseqüentemente, aos que nascem sob o signo destes. Nunca fui muito de dar atenção a essas coisas, mas fuçando a internet por curiosidade acabei notando algo muito curioso, dêem uma olhada nos links abaixo e depois deixem a sua opinião, sincera, nos comentários:

E aí? qual destes animais mais refletem a minha personalidade? Não deixem minha explicita preferência pessoal interferir na opinião de vocês, ok?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

A conflitante dualidade do Ser (ou O Mundo em Preto e Branco)

Tenho problemas. Às vezes me sinto difícil de se fazer compreender, não consigo fazer as coisas da forma que quero e quando quero. Penso, logo desisto, raras são às vezes que vou do mero pensamento inerte à ação interventiva. Observo, não compareço, não me comprometo, não compartilho, não sinto. Isso mesmo! Não sinto! Tenho problemas! Mas é isso aí, que não os tem, não é verdade?

Puro ou Impuro.
Moral ou Imoral. Inocente ou Culpado. Espiritual ou Carnal. Desinteresse ou Utilitarismo. Carinho ou Sexo. Preto ou Branco. No extremo só me existem essas duas cores, esses dois tons, essas duas alternativas. Não sei que espécie de experimento "racionalista sórdido" fiz comigo mesmo a ponto de classificar tudo num "arquivamento dual", só sei que isso me tornou um ser confuso e que constantemente sofre na eterna opção entre uma extremidade e outra, sempre 50% (in)satisfeito. E mais que isso! Ao dicotomizar o universo, no limite das minhas abstrações racionais - procurando eliminar o máximo de variáveis para tornar o que analiso previsível - perverto cada pensamento, palavra, emoção ou sentimento. Transformo-os num "algo" tachado e valorado de acordo com uma Moralidade profundamente dual que não me permite sentir e viver as nuances.

Obrigo-me a viver entre a "pureza das crianças" e os mais profundos e lascivos dos meus desejos, sem meio termo, sem espaço para transições graduais ou incertezas de classificação. Ou sou bom, gentil, carinhoso e "INOFENSIVO" ou utilitarista, sedutor e lascivo... Sem meio termo!

O que ganhei com isso? Nem eu mesmo sei mais! Deixei de ser alguém "nulo", inotável na multidão para me tornar um Ser visto, ouvido, e - às vezes - até adimirado! A que preço? Desaprendi a demosntrar sentimentos interpessoais, tudo o que me resta é um (nem tão) desapegado amor incondicional que me faz "servir" a tod@s em busca da minha própria, e egoísta, satisfação pessoal. Construí uma imagem firme, paciente, constante, tranquila, inabalável e intocável... e pra que? Pra "posar" de "Anjo-da-guarda" (no sentido assexuado e a-sentimental do termo) e ombro amigo de todos e, no fim, quando precisar desesperadamente deste tipo de ajuda esconder - inconscientemente - tão bem tal necessidade a ponto de enganar, superficialmente, até a mim mesmo, enquanto sofro internamente de uma solidão incomensurável auto-imposta por esta mesma imagem?

Nunca passou pela minha cabeça a idéia de ser qualquer tipo de Benfeitor. Nunca tive a audácia de pensar que esse era o propósito da minha vida: servir ao próximo. Nunca tive convicções quanto a recompensas espirituais que adviriam desta postura, mas agi assim, por quê? Nunca Tive o desejo de ser "um novo Cristo", muito menos de "dar lição de moral", mas me fiz assim, por quê? Cansei...

Cansei de tanta "perfeição", de tanta "auto-construção" e "auto-imposição". Quero ser livre, imperfeito, errado, e, principalmente, sentimental... MUITO SENTIMENTAL! E Eu quero tudo: sofrimento, frio e perda; felicidade, aconchego e conquista! É hora de aprender a viver a própria vida, tomar os próprio tombos, machucar e ser machucado e, até mesmo, amar e ser amado, se me fizer capaz!

Desculpem o desabafo desconexo, mas precisava dizer isso a mim mesmo e achei ser esta a melhor forma.