domingo, 27 de março de 2005

O novo blog

Quem passou por aqui nos últimos dias deve estar sabendo do blog que fiz para postar o meu livro de poesias. Essa foi a forma mais lenta e gradual que arrumei de redigitar meus poemas ( já que perdi todas as suas versões digitais) e ao mesmo tempo dar-lhes uma certa publicidade. No entanto, publicar minhas poesias sob a forma de um blog tem uma séria desvantagem, elas saem da ordem cronológica, já que o critério para a "postagem" é como me sinto no dia.

De toda a forma acredito que, para aqueles que por qualquer que seja a razão, querem saber mais sobre mim, sobre como me sinto e o que penso, o novo blog é uma boa fonte de sentimentos e posições em relação à vida.

mais uma vez o endereço é: http://monologodostres.blogspot.com

Sobre o dia de hoje naum há muito o que declarar, almocei com duas amigas - Jana e Dani - conversamos um pouco, depois cada um tomou seu rumo. Estudei um pouco e visitei minha tia. em casa comi um pouco de chocolate e matei o tempo no msn.

sábado, 26 de março de 2005

Nada de muito novo debaixo do sol

Tenho tocado a vida na boa, como tinha dito outro dia: levando a vida como um barco a velas, umas vezes na impolgação e outras na morgação. Não tenho feito nada muito emocionante, mas também não tenho vivido no tédio total.

Sexta última (ontem) fui no poço azul, eu o Jonas e a namorada, e o Maranhão. foi bem legal, estava com muita saudade do lugar, foi muito bom mergulhar naquelas cachoeiras de novo. Foi a primeira vez que sai com a namorada do Jonas, uma garota super gente fina e sem nenhuma frescura, ele é mesmo um felizardo! Passamos algumas horas fazendo trilha e curtindo as cachoeiras, saímos aqui de casa às 10 e voltamos às 16 horas.

Chegando em casa fiquei sabendo de uma armação pra ir ao cinema. Tratei de arrumar carona e fui com o pessoal. Assistimos "Herói", um excelente filme chinês (se alguém entendeu o que o nome do Quentin Tarantino faz no cartaz do filme por favor me explica!!!) com muita filosofia e simbolismo vou até baixá-lo para assistir mais vezes. Depois do filme fomos para o pontão discutir o filme, recitar poesia e jogar papo fora.

Hj almoçamos "em família", ou melhor, entre "sem-famílias", decidi reunir o pessoal que naum é aqui de Brasília pra não passarmos a páscoa tão solitários. Nem todo mundo que eu gostaria que fosse compareceu, mas mesmo assim foi bom, deu pra me sentir mais "acolhido". a festa que tinha programado para agora a noite aqui em casa não deu muito certo, ou melhor, não deu nada certo! Mas paciência.

Bem, acho que é isso...

Blog para poesias!

Criei um novo blog para divulgar as poesias que escrevi ao longo desses anos, dêem uma passada por lá: http://monologodostres.blogspot.com/

sábado, 12 de março de 2005

Tédio com um T enorme pra você

A grande verdade é que eu naum queria estar escrevendo aqui agora, na verdade nem tenho o que escrever, mas como me encontro completamente preso e incapaz de realizar qualquer outra coisa decidi me refugiar nesse pequeno espaço que tem se tornado meu lugar de desabafo. Tenho me feito e refeito as mesmas perguntas nos últimos tempos, no entanto as respostas parecem não existir ou não estarem ao meu alcance.

O pior de tudo é que nunca me dei o direito de sofrer ou me angustiar, nunca achei que tivesse motivos bons o bastante, a verdade é que continuo não os tendo, mas também não tenho uma fonte de felicidade que me alimente com pequenas doses diárias, não tenho sido fonte da minha felicidade, e uma das perquntas que me atormenta é: porque? Porque mesmo sabendo que o segredo da vida está nas pequenas coisas, mesmo reconhecendo a inportância da reflexão diária sobre a vida como instrumento de consciência da felicidade, mesmo buscando uma vida simples, mesmo procurando amar ao próximo, mesmo sendo um conhecedor do poder que tem um abraço, porque ainda assim essas coisas parecem não surtir efeito? POR QUÊ??? Pior, porque o efeito dessas medidas se mostram tão efemeros e porque o caminho do meio me parece tão insoso?

Outra pergunta que não se cala: porque os livros que leio me agradam mais do que os dias que vivo? porque eles parecem tão mais cheios de vida do que a vida que vivo?

E mais uma última pra encerrar... Se não sou uma pessoa rica e capaz de adquirir tudo o que desejo porque nada mais parece me interessar verdadeiramente, porque me sinto como se não precisasse de nada disso, como se já tivesse enjoado de todas as coisas materias, porque sofro desse tédio?

....

Nota de esclarecimento: as palavras tendem a ser menos precisas que os sentimentos, mas podem também fazê-los soar mais graves e profundos do que realmente são.

terça-feira, 8 de março de 2005

"Na teoria você está voltando, na prática você nunca foi"

A frase a cima é uma mensagem de volta às aulas para os alunos do IESB, uma faculdade particular aqui de Brasília, nela consegui perceber um toque muito sutil e refinado de ironia que realmente não sei se foi planejado. Aparentemente sem sentido óbvio, parecendo ser algum tipo de "frase filosófica" pra fazer pensar, a frase pode ser interpretada da seguinte maneira: "Na teoria você está voltando (das férias), mas na prática você nunca foi(já que teve que pagar a mensalidade durante esse tempo)". Interessante, não? Será que quem a escreveu pensou nisso? Quem sabe!?...

Outro sentido, mais místico (na falta de palavra melhor), pode ser dado a frase: O indivíduo não pode estar voltando porque sempre esteve presente na lembrança, ou nos corações, daqueles que aguardavam o seu retorno. Esse e o sentido pelo qual escolhi essa frase para entitular o "post" de hoje.

Da última vez que escrevi estava em Salvador e lá tive "férias de inverno" no verão, pois choveu constantemente. A chuva tornou todos os programas de verão (basicamente praia, praia e mais praia) impraticáveis, mas me deu a oportunidade de realizar outras atividades que são também muito legais e que satisfazem profundamente a alma: ler e bater longos papos com os amigos.

Lá, além de meus primos (Daniel,Paulinha e Gustavo) encontrei-me com dois grandes amigos, um deles (André - amigo de infância, juventude e velhice se assim for pra ser!!!), vi apenas no meu último dia na cidade por um problema de horários incompatíveis (ele só tinha tempo livre a noite, e eu não tinha como me confiar em ônibus nesse horário), mesmo assim conversamos um pouco, o suficiente pra perceber a necessidade de conversar muito, muito mais.

Já com a outra (odeio o português com seus plurais machistas!!!) conversei muito, mas muito menos do que gostaríamos que acontecesse. Nos encontramos umas quatro vezes e numa delas passamos do sábado às 15h até o domingo as 13h ( Vinha, percebeste que foram quase 24h juntos?). Os papos fluíam com uma facilidade e variedade enorme, são poucas as pessoas com quem consigo algo assim - não é atoa que somos "espelhos". Bem sei que os demais querem saber sobre o que conversamos, mas acho que não vou escrever aqui, primeiro porque é um número incrível de coisas diferentes, segundo porque elas surgiam e eram discutidas sem a menor ordem lógica e terceiro que fazendo isso exporia demais as nossas duas pessoas, como todo bom maníaco por "privacidade intelecto-emocional" isso é algo que jamais faria.

Saindo de Salvador passei rapidamente em Petrolina rumo a Sento-Sé - cidade em que agora moram meus pais. em Petrolina encontrei, de maneira mais breve que a desejada, alguém que teve um papel muito importante na minha vida adolescente - sim, é você mesma, sei que se você ler isso aqui vai se perguntar se é você, não cito seu nome porque não sei a sua opinião em relação a isso - alguém com quem aprendi muito sobre sinceridade e auto-doação - ainda que você ache o que digo aqui um 'nonsense', saiba que é como vejo as coisas. Há muito que meus encontros com essa pessoa tem sido meros "teasers", sempre durando naum mais que alguns minutos, me deixando sempre frustrado por não termos tempo de conversar mais longamente - sinto falta de conversar com você, e essa falta nada tem a ver com o que ocorreu no passado, ou melhor, tem muito a ver com a boa amizade que construímos.

Sento-Sé, territorialmente quase do tamanho do estado de Sergipe, é um dos municípios mais pobres da bahia, a sede do município é minúscula e a educação deficiente e a econômia quase inexistente privam a cidade de pessoas com quem travar uma boa conversa e de opções de lazer, respectivamente. No entanto foi nesse lugar que meu pai decidiu se engajar políticamente, e é lá que ele sonha fazer a sua parte por um mundo melhor, então tudo o que posso fazer é aceitar, aplaudir e ajudar como puder. Durante o tempo que lá passei tudo o que fiz foi converar com a minha mãe (há tempos não fazia isso), ler e assistir TV (depois de morar um ano e meio sem ela já não sei como conseguia suportá-la por tanto tempo antes!).

De Sento-sé fui para Petrolina onde reencontrei os outros dois da "tríade". Carlos Thiago e Victor - grandes companheiros do segundo grau e pra toda vida - saímos em busca de lazer na noite Petrolinense e tudo que achamos foram bares semi-vazios e um sohw de música ruim (Calypso - não escrever isso direito e não faço a mínima questão!), depois de rodar pelos bares vazios e batermos papo decidimos arriscar o show. Do show em si eu não tenho o que falar, fiz o possível pra me concentrar e não ouvir a música e nem olhar pro palco (pois às vezes em que ousei fazê-lo presenciei uma verdadeira objetificação do corpo humano), lá encontrei alguns conhecidos e passei a maior parte do tempo conversando.

Agora, cá estou eu de volta a Brasília, um novo semestre, novas pessoas a se conhecer, novas aventuras a viver... Bem, agora sim 2005 aqui vou eu!!!