segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Quem sou eu?

Meus amigos,

Estava dando uma olhada no horóscopo chinês, observando as características que são atribuídas aos animais e, conseqüentemente, aos que nascem sob o signo destes. Nunca fui muito de dar atenção a essas coisas, mas fuçando a internet por curiosidade acabei notando algo muito curioso, dêem uma olhada nos links abaixo e depois deixem a sua opinião, sincera, nos comentários:

E aí? qual destes animais mais refletem a minha personalidade? Não deixem minha explicita preferência pessoal interferir na opinião de vocês, ok?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

A conflitante dualidade do Ser (ou O Mundo em Preto e Branco)

Tenho problemas. Às vezes me sinto difícil de se fazer compreender, não consigo fazer as coisas da forma que quero e quando quero. Penso, logo desisto, raras são às vezes que vou do mero pensamento inerte à ação interventiva. Observo, não compareço, não me comprometo, não compartilho, não sinto. Isso mesmo! Não sinto! Tenho problemas! Mas é isso aí, que não os tem, não é verdade?

Puro ou Impuro.
Moral ou Imoral. Inocente ou Culpado. Espiritual ou Carnal. Desinteresse ou Utilitarismo. Carinho ou Sexo. Preto ou Branco. No extremo só me existem essas duas cores, esses dois tons, essas duas alternativas. Não sei que espécie de experimento "racionalista sórdido" fiz comigo mesmo a ponto de classificar tudo num "arquivamento dual", só sei que isso me tornou um ser confuso e que constantemente sofre na eterna opção entre uma extremidade e outra, sempre 50% (in)satisfeito. E mais que isso! Ao dicotomizar o universo, no limite das minhas abstrações racionais - procurando eliminar o máximo de variáveis para tornar o que analiso previsível - perverto cada pensamento, palavra, emoção ou sentimento. Transformo-os num "algo" tachado e valorado de acordo com uma Moralidade profundamente dual que não me permite sentir e viver as nuances.

Obrigo-me a viver entre a "pureza das crianças" e os mais profundos e lascivos dos meus desejos, sem meio termo, sem espaço para transições graduais ou incertezas de classificação. Ou sou bom, gentil, carinhoso e "INOFENSIVO" ou utilitarista, sedutor e lascivo... Sem meio termo!

O que ganhei com isso? Nem eu mesmo sei mais! Deixei de ser alguém "nulo", inotável na multidão para me tornar um Ser visto, ouvido, e - às vezes - até adimirado! A que preço? Desaprendi a demosntrar sentimentos interpessoais, tudo o que me resta é um (nem tão) desapegado amor incondicional que me faz "servir" a tod@s em busca da minha própria, e egoísta, satisfação pessoal. Construí uma imagem firme, paciente, constante, tranquila, inabalável e intocável... e pra que? Pra "posar" de "Anjo-da-guarda" (no sentido assexuado e a-sentimental do termo) e ombro amigo de todos e, no fim, quando precisar desesperadamente deste tipo de ajuda esconder - inconscientemente - tão bem tal necessidade a ponto de enganar, superficialmente, até a mim mesmo, enquanto sofro internamente de uma solidão incomensurável auto-imposta por esta mesma imagem?

Nunca passou pela minha cabeça a idéia de ser qualquer tipo de Benfeitor. Nunca tive a audácia de pensar que esse era o propósito da minha vida: servir ao próximo. Nunca tive convicções quanto a recompensas espirituais que adviriam desta postura, mas agi assim, por quê? Nunca Tive o desejo de ser "um novo Cristo", muito menos de "dar lição de moral", mas me fiz assim, por quê? Cansei...

Cansei de tanta "perfeição", de tanta "auto-construção" e "auto-imposição". Quero ser livre, imperfeito, errado, e, principalmente, sentimental... MUITO SENTIMENTAL! E Eu quero tudo: sofrimento, frio e perda; felicidade, aconchego e conquista! É hora de aprender a viver a própria vida, tomar os próprio tombos, machucar e ser machucado e, até mesmo, amar e ser amado, se me fizer capaz!

Desculpem o desabafo desconexo, mas precisava dizer isso a mim mesmo e achei ser esta a melhor forma.

terça-feira, 29 de novembro de 2005

NÃO PERCA: ENQUANTO A GORDA CANTA! TODAS AS QUARTAS-FEIRAS ÀS 16h

AMIG@S,

VENHO ATÉ VÓS NO DIA DE HOJE APENAS PARA INFORMAR O SEGUINTE:

AGORA TENHO, JUNTAMENTE COM UM AMIGO, UM PROGRAMA NUMA RÁDIO! (AEHUIAEHAEIU) ISSO MESMO! EU, COM ESTA MINHA "BELÍSSIMA" VOZ ROUCA TENHO UM PROGRAMA DE RÁDIO. FAÇAM O TESTE! TENHAM CORAGEM, OUÇAM:

ENQUANTO A GORDA CANTA!
QUARTA-FEIRA:16h

para ouvir, basta acrescentar a seguinte URL à lista de reprodução do seu tocador de mp3:
http://orelha.radiolivre.org:8000/ralacoco

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Vamos com calma...

Silêncio Absoluto. Abro os olhos. Escuridão. Estou envolvido num abraço suave e terno. Não a vejo. Tranquilidade. Sinto-me completamente acolhido, defeso de todas as ameaças do mundo, distante de tudo e todos. Ao buscar-lhe os lábios com os meus, tudo começa a se desfazer: texturas, tato, sentimentos, sensações. Tudo cessa... E enquanto sinto estas transformações ouço uma voz cândida e trêmula: "Vamos com calma, está bem?"...
Despertador toca. É hora de dar início a mais um dia. Um dia greve, como tem sido todos os outros nos últimos dois meses. Estágio, almoço, às vezes aula, às vezes casa. Pouca coisa pra fazer e muita coisa por fazer. Mas me pergunto, o que foi isso? Tudo parecia tão real! No fundo sei, ou imagino saber, quem estava ali comigo, mas por que isso? por que agora? e por que hoje? Simplesmente não sei, e acho melhor não devanear ou criar expectativas sobre isso, como ela mesmo disse: "Vamos com calma"...
Nos últimos tempos tenho aprendido a existir, simplesmente isso, quase como vegetar. Hoje foi diferente. Os servidores sairam da greve e o RU está reaberto. Reencontrei várias pessoas ao andar pela UnB entre o RU e a FA, entre o almoço e aula. Cada reencontro acendia um pouco mais a felicidade que eu sentia. Ainda à noite, quando saí, convidado às pressas pra assistir a um show no teatro nacional, encontrei mais uma amiga, uma que a muito não via. Hoje foi um dia feliz, felicidade simples e boba. Felicidade de criança. Felicidade dos sábios, dos que sabem valorizar as pequenas coisas da vida. A felicidade de alguém que, já há muito tempo, sabe muito bem que "é solitário andar por entre a gente".

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

"(s)words into plowshares"

Entre os dias 24 e 29 do mês passado (outubro) estive em Caxambu - MG para o Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais, havia pensado em escrever aqui diariamente os fatos lá transcorridos mas acabei por não fazê-lo, num misto de falta de tempo e disposição.

O fato é que trasncorreu-se pouca coisa digna de relato por lá. Os dias se resumiram a palestras de altíssimo nível (nos quesitos organização e conteúdo) e festinhas meia boca que serviram apenas pra aumentar a integração entre "as nove vidas do gato", como nós, o grupo de 9 estudantes de Relações Internacionais, nos autodenominamos.

O momento apoteótico dos meus dias em Caxambu acabou sendo em meio a uma palestra. Verdade seja dita, eu estava quase que completamente alheio ao tema sobre o qual versava a professora Cristina Yumie (IREL - UnB), mas tal estado de divagação somado ao que ela dizia naquele exato momento levaram-me a um momento de iluminação em que surgiram possíveis soluções para alguns de meus problemas mais inquietantes: sobre o que escrever em minhas monografias de métodos de pesquisa em Relações Internacionais e trabalho final de graduação; o que fazer quando formar e por que continuar neste curso.

Naquele momento a professora falava sobre pessoas que, com os contatos certos, haviam levado em frente um projeto importante de desenvolvimento sustentável na amazônia que hoje se mantem com bastante sucesso. Nessa minha eterna ânsia de fazer algo cujos benefícios fossem além da minha, mísera, vida, vi numa iniciativa deste tipo a minha oportunidade para conjugar esta ânsia, o desejo de retornar ao nordeste e a minha atração pelas organizações da sociedade civil. Percebi que poderia escrever minhas monografias sobre o tema do desenvolvimento sustentável no nordeste, coletando dados sobre os projetos já existentes, seus pontos fortes e fracos, seus parceiros e outros parceiros em potencial para projetos deste tipo, as dificuldades enfrentadas, e etc. Feito isso, quando eu me formar a idéia é transformar "words into plowshares" - "palavras em pás" - ou seja, fazer o que poucas vezes acontece com os trabalhos acadêmicos: aplicá-los à realidade no intuito de mudá-la para melhor.

"Words into plowshares" também serve para as promessas feitas de 2 em 2 anos pelos nossos políticos para o povo carente do sertão. "Não basta dar o peixe, tem que ensinar a pescar". Não basta realizar os projetos, é preciso sensibilizar aquelas pessoas sobre os seus direitos, sobre o poder da sua mobilização e do seu voto, ajudar-lhes a desenvolver plenamente a cidadania e, principalmente, auxiliar-lhes no caminho para a independência e para a sustentabilidade desta independência, ensinando às novas gerações todas as práticas e idéias para uma convivência sustentável com o clima árido da caatinga e para um exercício ativo da cidadania.

Objetivo ambicioso, eu sei. Mas agora que o castelo está construido nas nuvens, resta-me construir os firmes alicerçes que o sustentarão por toda a vida. Acredito que, quando falamos de nossas vidas e objetivos, a única forma de construir de forma sólida os nossos sonhos, é preciso começar do fim: definir o que desejamos, para depois buscar erigir os sustentáculos destas ambições. Para tanto, é chegado o momento de exercitar virtudes há muito por mim negligenciadas: perseverança e disciplina.

Até aqui tenho feito as coisas da maneira fácil - por mais que a muitos não pareça, é assim que vejo - me esquivado dos grandes desafios, existido pelo simples prazer de existir. Quantas vezes não estudei apenas o "necessário"? quantas vezes não rejeitei uma tarefa por conta do trabalho que daria? E, principalmente, quanto tempo eu perco e para quantos compromissos me atraso (ou mesmo não compareço) por não me organizar? O objetivo é ambicioso, a tarefa é árdua, e é justamente por isso que preciso disciplinar-me o suficiente para conseguir estabelecer e seguir metas e métodos, preciso também aprender a perseverar com todas as forças, para não desistir em face dos obstáculos que encontrarei pelo caminho.

É tempo de mudar, iniciar uma nova era em minha vida! E, para tanto, necessito treinar as habilidades que serão tão necessárias para realizar estas mudanças e os sonhos que elas objetiva.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Todo poder aos amigos...

Pessoal, desculpem a minha preguiça sem tamanho mas, mais uma vez, vou postar algo que não é da minha autoria, mas é que eu tava conversando com uma amiga (a Mariana) sobre a vida aqui em Brasília e a falta que fazem amigos de verdade aqui, então segue uma música que, de uma forma menos "corrente-de-e-mail" fala sobre a importância de vocês pra mim:

Drift Away

Guns N' Roses

Composição: Indisponível

Day after day I'm more confused
So I look for the light in the pouring rain
You know that's a game that I hate to lose
I'm feelin' the strain, ain't it a shame

Oh, give me the beat, boys, and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away
Oh, give me the beat, boys, and free my soul
I wanna get lost in your rock and roll and drift away

Beginning to think that I'm wastin' time
I don't understand the things I do
The world outside looks so unkind
I'm countin' on you to carry me through

And when my mind is free
You know a melody can move me
And when I'm feelin' blue
The guitar's comin' through to soothe me
Thanks for the joy that you've given me
I want you to know I believe in your song
Rhythm and rhyme and harmony
You help me along makin' me strong

Abraços...

sábado, 8 de outubro de 2005

Um recorte de jornal...

Caminho do meio
  • Pensata 08/10/2005, FOLHA ONLINE

  • A companheira diz que é ansioso demais, a filha diz que fala muito bravo ao telefone, a empregada foi embora porque nunca fica satisfeito com nada, caramba.

    Aos amigos dedica uma atenção exagerada, e em geral fica esperando uma atenção que jamais virá, porque simplesmente não vai corresponder à falsa expectativa criada.

    Às injustiças destina um ódio impotente, porque no fundo sabe da ineficácia de seus meios para combatê-las --e isso aumenta ainda mais sua desolação.

    Aos maus desistiu de expor a bondade, aos bons não tem mais saco para alertar sobre os ódios que há. E aos ingênuos, de que adianta apresentar as malandragens da vida?

    Depara-se, portanto, com uma constatação inevitável: diante sempre de duas possibilidades, não sabe, não pode ou não quer escolher uma ou outra.

    Ainda há pouco pensou, quando aquela velha desilusão amorosa retornou às suas ruminações, que talvez fosse possível apostar no que pode ocorrer um pouco mais adiante do que se suicidar imaginariamente duas vezes ao dia.

    Cogitou também que, quem sabe, esteja exagerando no preto-no-branco, no isso ou aquilo, no tudo ou nada.

    Já perdeu tempo demais, constatou, sofrendo pelo que deixou de fazer, sem conseguir supor, imaginar ou simplesmente aceitar que tudo o que presenciou, experimentou, desfrutou ou teve de engolir daria enfim para uma, duas, três vidas.

    Lembrou-se então do sonho que outra boa amiga lhe contou: a mãe olha para ela solenemente e afirma: "Minha filha, tem gente que deixa de tomar dry martini só porque não tem azeitona."

    E diante disso concluiu que é possível, se não necessário, trilhar um caminho que pode ser aberto bem no meio das decisões que nunca mais quer tomar.
    Luiz Caversan, 50, é jornalista. Foi repórter especial e diretor da Sucursal
    do Rio da Folha. Escreve crônicas sobre cultura, política e comportamento
    aos sábados para a Folha Online.

    quinta-feira, 22 de setembro de 2005

    Dias Cinzentos: Greves, desânimo, solidão e... desapego!

    Faz tempo demais que não escrevo aqui para querer fazer uma atualização de tudo o que aconteceu nos últimos tempos. A verdade é que estou cada vez mais me tornando um mestre na arte de parecer ocupado enquanto na verdade tenho quase nada a fazer, isto é o que mais tenho aprendido aqui no estágio.

    Para não entrar de sola nas atualidades vou retomar rapidamente as coisas que aconteceram desde os últimos posts. Minha mãe me visitou nas férias. Foi muito legal tê-la aqui mas, infelizmente não tivemos tanto tempo juntos quanto gostaríamos. Apesar de ainda gostarmos um do outro o namoro com a Maria Elisa terminou, é uma estória longa e complicada que prefiro não detalher, o importante é que não ficaram mágoas (e nem motivos para elas), e espero que possamos seguir amigos enquanto nos for permitido viver. O CA (Centro Acadêmico) até agora não "virou", ou seja, não conseguimos implementar nenhum dos projetos que tínhamos, as razões: incapacidade de nos planejar e a GREVE na UnB. Estou tentando me empenhar mais no esforço de perder a timidez, cheguei até mesmo a puxar assunto com uma estranha na fila da "ópera". Retrospectiva feita sigamos ao que interessa...

    Incerteza. Sem dúvida essa é a melhor palavra para definir a minha vida nas últimas duas semanas, com o indicativo, e posterior deflagração, da GREVE na UnB tudo ficou incerto: férias, quais as aulas que vão parar e quais não vão, haverá aula hoje? O Que fazer se tiver que ficar aqui por causa de uma ou outra disciplina? Será que devo procurar um emprego? Todas essas questões afloram em minha mente no momento em que acordo e me fazem companhia ao longo de todo o dia, removendo qualquer resquício de inspiração que estivesse perdida em minha alma. Já não estava muito certo do que fazer, e agora que a única alternativa sólida se esvai no ar não tenho idéia do que fazer para otimizar meu tempo, para construir experiências validas que alicercem o meu futuro como cidadão e profissional.

    Solidão: S.f. 1. "Situação ou sensação de quem vive isolado numa comunidade." (Aurélio); 2. Arte de conseguir sentir-se abandonado mesmo em meio a lugares lotados; 3. Companheira dos inadaptados. Não importa aonde eu esteja nem como eu me sinta (feliz ou triste), no fundo me sinto só, vazio. Falta-me algo que o que é não sei, mas muito gostaria de saber. A única pista quanto a isso é o fato de que há muito ouço um "chamado da estrada", um convite sedutor para largar toda a monotonia, por uns tempos, e me dedicar a conhecer melhor os mundos a minha volta e dentro de mim. Espero em breve poder ter a primeira experiência desse tipo.

    O Mais engraçado dessa estória é que, por mais que tivesse motivos, não estou realmente triste, nem feliz, tenho encarado a vida com desapego e amor, vivido cada momento, executado cada tarefa, como se não houvesse nada mais, nem antes nem depois. É uma sensação sublime, mas que ao mesmo tempo amplia ainda mais a sensação de "distância do próximo". Assim que tiver alguma pista sobre o que é isso ou porque estou assim, escrevo; por enquanto fico por aqui...

    sexta-feira, 12 de agosto de 2005

    Ughh!!!

    Não sei, não faço nem se quer idéia... num momento tudo parece bem, no seguinte uma falta enorme, um vazio profundo, me preenche. Mas por mais trágico que isso possa parecer vocês não devem nunca esquecer do quanto sou dramático, principalmente quando escrevo, o fato é que está tudo muito bem! Estou fazendo um estágio legal, fazendo aulas legais e envolvido em projetos legais; a república passou por uma reestruturação total, mudou três quintos dos seus membros, mas tudo aponta para uma situação final bem próxima da que tinhamos antes: convivência fácil, armoniosa e pacífica.

    A nova composição da república é bem mais híbrida (em relação aos cursos presentes) que a anterior, agora temos 2 internacionalistas (Eu e o Caio do 2º semestre), 1 Calouro-"comunicante"(Leonardo o nome dele, até agora só falei com ele pelo tel, mas parece ser boa pessoa), 1" computeiro" formado (O Luciano, grande cara, tem sido um amigão pra mim, me ajudado com algumas dificuldades, sejam financeiras sejam emocionais) e o Thiago (dos tempos de petrolina e que agora mora aqui tb!!!) que tá cursando Educação Física na UnB; apesar da aparente discrepância de interesses antevejo uma comunhão de objetivos e uma convivência feliz.

    O Estágio continua na mesmo, estou gostando de ter pouco o que fazer lá, assim me dedico a mais de uma atividade pela manhã (estágio+qualquer outra coisa) e meu tempo rende mais! Estou cada vez mais gostando de me ocupar com várias coisas e, principalmente, tenho me interessado por tarefas administrativas e de coordenação de grupos, agora com as atividades do CA acredito que vou poder saber se realmente gosto disso, mas o fato é que, quanto mais trabalho aparece, mais eu quero, e fico feliz com isso, porque estou me envolvendo voluntariamente e apenas com coisas que julgo interessantes, proveitosas e úteis para os demais.

    Ainda assim eu não sei... não sei porque sinto falta de algo/alguém que não sei o que/quem é... é como se eu tivesse alcançado um patamar na vida em que o que quero vai além do que posso conquistar por mim mesmo, faltam as conquistas que surgem apenas da partilha, da convivência, da comunhão. Parece que naum importa o que eu faça, não serei capaz de me sentir "pleno", sempre falta algo... sempre falta metade.

    E falando em faltar metade... Às vezes eu gostaria de ser menos "monge", talvez um pouco menos compreensivo também, por vezes me pergunto de que adianta tudo isso, e a metade que pergunta ao mesmo tempo se vangloria e se irrita, porque a metade que deveria responder não sabe a resposta, mas nega-se a ser diferente. O fato é que se agisse de outra forma estaria me sentindo mal do mesmo jeito, porque seria a outra metade a reclamar... E o pior é que essas duas metades naum formam um todo, ou seja, ainda que cheguem a um acordo, não serão plenas...

    Diz-se por ai que o "Grande Autor" 'escreve certo por linhas tortas', ter certeza sobre a veracidade dessa crença seria algo realmente confortante para mim, pois eu saberia que tudo o que se passa comigo tem um "propósito maior".


    "Somos anjos que possuem apenas uma asa, para voarmos ao paraíso é preciso encontrar aquela(e) com quem completamos um par de asas"

    quinta-feira, 30 de junho de 2005

    Tempo, tempo mano velho...

    Faz já bastante tempo que não dou as caras por aqui, muita coisa aconteceu desde a última vez que escrevi aqui: me tornei um dos diretores do Centro Acadêmico de Relações Internacionais, o semestre terminou, curti muito as minhas aulas de alemão, assisti a vários filmes bons, participei do terceiro Simulois (e lá conheci alguém que depois se tornou alguém muito especial), tive que me virar para fazer mil provas e trabalhos pra fechar o semestre, mas no fim tudo deu certo, e o começo está próximo.

    O começo de um mês que tem tudo pra ser muito bom. Num mesmo mês frequentarei uma mostra de cinema europeu (hj assiti um filme Grego - "Estou cansado de matar seus amantes" - cuja trama é consideravelmente envolvente, e um tanto fora dos padrões Hollywoodianos - o que, sem dúvida é uma qualidade); Irei ao Porão do Rock (Com show do Shaaman, dos Ratos de Porão, do Móveis Coloniais de Acaju, dentre várias outras bandas); irei, também, no festival de inverno de música clássica; fora todos os pequenos planos de fondues, cachoeiras, saraus e passeios no parque. Tudo isso, que já eram para mim pedacinhos do céu na terra, agora com muito mais cor, sabor e vida! Porque? Simples: estou apaixonado. Eh... eu sei, esta história de paixão merece explicação.

    Por volta de um mês atrás aconteceu o Terceiro Simulois (uma simulação das Nações Unidas promovida por um colégio aqui de bsb para os seus alunos e organizado pelos alunos de Relações Internacionais da UnB), do qual acabei participando meio que por acaso. O fato é que me diverti bastante na simulação, encarnei o personagem (representei os EUA) e isso criou todo um clima que tornou tudo ainda mais interessante e divertido. Porém, nos dois dias de simulação, eu estava mal dormido e, consequentemente, um tanto mal humorado e distante do mundo real, resultado: não me inturmei com as pessoas que conheci e que passaram dois dias quase inteiros convivendo comigo. Não fosse a atitude de uma certa delegada, uma oportunidade muito feliz teria passado em branco.

    A verdade é que não passou. Conversamos um pouco no último dia, depois pelo MSN, saímos, e agora estamos namorando há quase um mês. Muito tempo se passou desde que eu senti a minha felicidade fluir a partir de dentro, há muito não sabia o que era compartilhar momentos da minha vida com alguém que não fosse apenas uma amiga. O nobre e adorável laço da amizade é sem dúvida algo maravilhoso, mas às vezes é insuficiente aos desejos do corpo e do espírito. Uma nova luz vem surgindo dentro de mim nos últimos dias, acordando e renovando o que havia sido adormecido e oxidado...

    Bem caros amigos, nunca consegui fazer desse blog um relato de minhas experiências em Brasília, como era o meu intuito inicial, por outro lado, acabei por fazer dele um relato de meus sentimentos e pensamentos, que não deixam de ser uma forma de compreender a minha vida distante de vocês. Espero que o que escrevo aqui ajude a diminuir - ou a aumentar ainda mais - a curiosidade de vocês sobre o que tenho feito e como tenho vivido por aqui.

    domingo, 22 de maio de 2005

    A vida num "recorte" de e-mail

    Estava escrevendo um e-mail para uma amiga minha - sim Lys, esse é um pedaço do e-mail que eu te escrevi, então podes economizar o teu tempo e não ler (hehehe) - e gostei do que escrevi sobre a minha vida aqui em Brasília, achei que servia como um bom resumo geral, e por isso resolvi postar aqui, unindo o útil ao agradável:


    "Aqui a vida anda a passos lentos, algumas vezes fico atolado com as matérias - diferente de você não consigo por ordem e previsibilidade na minha vida, continuo achando que "o acaso vai me proteger enquanto eu andar destraído" - outras eu simplesmente me sinto a deriva num mar sem vento!

    Continuo um solitário, tanto de "parceira" como de amigos, vocês e fazem uma falta maior do que jamais imaginei. Me conformo com minha situação e tento tocar as coisas em frente, mas as vezes me sinto meio sem chão, mesmo quando estou rodeado de gente me sinto só, e mesmo quando me divirto em "atividades coletivas" parece que a diversão e individual de cada um, e não uma coisa realmente coletiva... acho que me falta uma sensação de pertencimento, não consigo deixar de pensar que "não sou daqui"...

    Ainda assim tenho tido ótimos momentos, tenho conhecido muitas coisas novas: estilos musicais diferentes, formas de pensar diferentes, novas idéias, etc. Tenho também aprendido a me divertir sozinho e a pentelhar as pessoas para que se divirtam comigo - sim, eu preciso realmente pentelhar as pessoas para que elas se divirtam, um absurdo isso! mas um absurdo real - a cada dia que passo fico melhor nisso, mas as pessoas também vão se tornando mais difícil de convencer, acho que isso tem haver com o fato de que elas estão cada vez mais próximas da temível vida adulta.

    Como comecei a estagiar na Divisão do Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, tenho menos tempo livre do que jamais tive, e o estágio também me impôs uma rotina, pra dizer a verdade, ele, a natação e as aulas tomam todo o meu tempo ao longo da semana, sendo que saio de casa todos os dias por volta das 8h da manhã e nunca chego antes das 22h. Uma tremenda canceira!!!

    Para combater essa "rotina de adulto" acabei tendo que criar uma outra rotina, uma espécie de rotina para fugir da rotina, a qual inclui ir ao teatro nacional assistir aos concertos semanais, tirar um tempo para conversar com as pessoas na faculdade e, principalmente, matar aulas chatas pra fazer algo mais interessante ou importante. E assim eu vou vivendo..."

    domingo, 15 de maio de 2005

    Lançamento do CD IDEM pelo MCA e Biovinil

    Há tempos que a frequência aqui tem sido rara. Escrever sobre os fatos do cotidiano então, é algo que faço muito esporádicamente, venho então dar uma palhinha da minha vida em Brasília.

    Na sexta última (13/05/2005), teve lançamento do Cd dos Móveis Coloniais de Acaju, banda de estilo indescritível que, entre outras coisas, mistura Ska e Balalaika. O Show foi excelente, dancei, cantei algumas músicas e fui tentar pegar autógrafos dos caras no CD que enviarei para uma amiga minha (Doce e queridíssima Vívian!) em Salvador, infelizmente não consegui conversar com os caras e pegar os autógrafos, mas isso é algo que posso conseguir por outros meios. Cheguei em casa lá pelas 4 da matina.

    No sábado (ontem, 14/05/2005), rolou a Biovinil, festa do pessoal da Biologia que toca músicas dos anos 50 aos 80. Teve banda cover dos Beatles, uma outra tocando vários "clássicos" como "Get along gang" e "muppet babys" e, ao final, um cover do Elvis com direito a roupa e tudo!! (aheuieheiu) Me diverti pacas cantando e dançando junto com o pessoal. Tinha tanta gente conhecida lá que sempre que me perdia achava uma galera diferente com quem passar um tempo!! Não posso deixar de mencionar os Ataris, é isso mesmo, tinha alguns Ataris lá pra gente matar a saudade (sim, eu joguei atari quando criança! algum problema com isso?), joguei um pouco de tenis e relembrei o quanto era simples se divertir naquela época!!!

    Hoje, dia de ressaca (física apenas), corpo doído, sono eterno, muita comida pra repor as energias e uma vontade enorme de não fazer nada.

    Ah!!! Entre ontem e hoje - comecei ontem, terminei hoje - eu assisti "Monty Pyton em busca do Calice Sagrado", uma comédia muito original e divertida do tempo em que fazer cinema exigia esforço dos homens e não dos computadores!

    Essa edição fica por aqui...

    Chega de ser trigo, o lance agora é ser o Vento!!!

    Cansei de reclamar de tudo! Cansei de resmungar pelos cantos! Cansei de me julgar não feliz! Cansei de cansar! Chega de reclamações tão infundadas e de uma insatisfação tão crônica e profunda por parte de alguém que muito tem e pode ainda mais! É verdade que o dinheiro e curto e o mês comprido, mais verdade ainda que o dia só tem 24h e as obrigações demandam 30h.

    Já não é mais possível ficar olhando o céu por horas. Conversar sem compromisso já não é mais algo tão frequente. O ócio criativo dá lugar ao negócio produtivo. Ainda assim há como ser feliz!

    É preciso aproveitar cada gota do que resta da tão ignorada felicidade original, aquela responsável pela eterna nostalgia dos seres que sempre julgam o passado como a fase mais feliz de suas vidas. Nascemos felizes e crescemos infelizes, tudo porque ao passo em que crescemos cresce a nossa insatisfação com a vida. Parece que quanto maiores ficamos maior o buraco a ser preenchido, é como se os anos escavassem em nós um poço profundo, sem nada colocar no espaço aberto.

    Mas, o pouco que ainda nos resta da nossa felicidade orignial - aquela com a qual nascemos e que, como disse, faz o passado parecer tão feliz e prazeroso - é mais do que suficiente para sermos pessoas plenas e felizes, é preciso apenas mudar a nossa postura em relação ao que temos, perdoem-me o clichê, mas é preciso sempre "ver o copo como meio cheio", considerar que o pouco que temos é o que precisamos para ter mais, e não a prova de que algo nos falta. Não é porque as coisas não dão certo uma vez que darão sempre, e não é porque deram errado até agora que vão continuar assim!

    Sei que estou escrevendo um verdadeiro apanhado de frases de auto-ajuda, mas o fato é que elas são verdades óbvias que ninguém quer enchergar e considera banais, sou obrigado a reconhecer que estes escritos de caráter puramente comercial tem, escondidos sob toda a baboseira, algo de importante a dizer, ainda que isso acontece contra a vontade ou mesmo a revelia dos que os escrevem. Enfim, estou escrevendo apenas para registrar a minha decisão de mudar de atitude em relação a vida, sei que ja disse isso algumas vezes a várias pessoas, mas nem por isso desisto de tentar, quero de agora em diante lidar diretamente com a realidade e todos os seus condicionantes, chega de elocubrar suposições exponencialmente infinitas e irreais - e mesmo, algumas vezes, surreais - se a vida é mesmo um moinho, cansei de ser um trigo, chegou a hora de me tornar o vento - ou a água - que move as suas pás, é hora de tomar as rédeas, olhar para frente, pensar, enxergar e agir positivo e deixar de tanta reclamação, se algo não me satisfaz é preciso modificá-lo, se não tenho o que quero não devo reclamar, mas buscar conseguir!!!

    E está dito!!!

    domingo, 8 de maio de 2005

    Show do Angra

    Ontem fui no show do Angra aqu em Brasília. O ambiente era cômico e surreal para o show de uma banda de porte elevado: público ínfimo, formado em sua maioria por adolescentes e pré-adolescentes precocemente envolvidos com cigarro bebidas e, aparentemente, outras coisas mais (Ah! Brasília, por que eres tão má com os seus jovens?!), o local, um ginásio de esportes, apesar de pequeno estava semi vazio, e o som um lixo, microfone do vocal muito baixo e uma chiadeira dos infernos.

    Ainda assim consegui me divertir bastante, as músicas do CD novo são boas e eles tocaram várias outros "clássicos", com o palco pequeno e o público reduzido pude ver tudo bem de perto. Infelizmente as músicas do novo CD demandariam uma estrutura muito maior para serem apresentadas como toda a sua "graça", pois o cd é cheio de participações especiais e muitas músicas tem a presença de instrumentos clássicos que não são nem de longe substituídas pelas sintetizações de teclado.

    No mais, nada demais. A vida vai seguindo tediosa como dia de calmaria no atlântico, as dúvidas existentes permanecem irrespondidas enquanto outras novas se apresentam, minha mente parece incapaz de adquirir qualquer novo conhecimento e até mesmo a leitura, dantes tão prazerosa, se torna uma atividade cansativamente improdutiva.

    Devo mesmo viajar no fim do ano, no entanto não devo ir a Macchu Picchu, pois tenho lido em vários sitios que não se deve ir até lá no verão, pois as chuvas são torrenciais, de toda forma estive lendo sobre o peru hoje e descobri vários outros lugares legais pra visitar por lá.

    Hoje vou parando por aqui, não deixe de passar pelo outro blog que também está atualizado, ok?! até qualquer hora...

    sábado, 23 de abril de 2005

    Simplicidade

    Hoje não estou nem um pouco a fim de escrever sobre as minhas dúvidas existências ou sobre as minhas ambições intelectuais, não quero viajar em nada, nem tentar compreender a mim mesmo, quero simplesmente narrar os fatos, tentar por alguns minutos não tecer nenhuma teoria sobre a vida e as pessoas.

    Quinta feira começou o feriado, mesmo tendo que estagiar na sexta de manhã eu decidi sair a noite. inicialmente os planos eram levar uma amiga a uma apresentação de Dança de nome "Os Anjos". No ponto de ônibus tivemos uma conversa bem interessante sobre como o capitalismo não é bom e sobre como as pessoas estão tão envolvidas nele que não conseguem se livrar, como não conseguimos pegar um ônibus que nos levasse até lá a tempo acabamos indo jantar numa creperia aqui pertinho de casa, no caminho passamos na casa de uma amiga dela que aceitou o convite de nos acompanhar ( sempre fico em dúvida se cito ou não o nome das pessoas aqui, vai que elas resolvem me processar!!! aheuiehaei), conversamos um pouco e depois a minha amiga foi sair com outros amigos e voltei pra casa. Aqui, me telefonaram e acabei indo pra uma festa que rolaria na UnB.

    Na sexta, cheguei em casa por volta de umas 4:30h da matina, dormi até as 8h e saí pro estágio. A tarde saí direto do estágio pra um pique-nique no parque com os calouros do 1º semestre, nos divertimos bastante entre conversas e passeios no carrinho bate-bate e num outro brinquedo que parece uma "centrífuga". A noite fui ao show de Let It Beatles e Móveis Coloniais de Acaju (vide link na coluna ao lado), promovidos pelo ERECS (Encontro Regional de Ciências Sociais), me diverti bastante e cheguei em casa lá pelas 5 da matina, como estava com um amigo e estavamos com fome fomos ao Pão de Açucar a duas quadras daqui comer alguma coisa,chegamos às 6 e caí no sono.

    Hoje, Sábado, Acordei por volta das 15h, escrevi meu "Hausaufgabe" (dever de casa) de alemão e fiquei surfando pela net, já, já devo ir dormir pois amanhã vou ao tão amado poço azul!

    sexta-feira, 15 de abril de 2005

    O tempo não passa

    A cada dia que acordo é como se voltasse à mesma manhã que vive no dia anterior: despertador toca, eu o desligo e volto a dormir. Acordo atrasado, vou para o banho cambaleando. Cochilo debaixo do choveiro, como esqueci a toalha na sala (sim meu quarto é sala de um apartamento) saio molhando todo o apartamento para chegar até a toalha na janela da sala. Visto a roupa, escovo os dentes, tomo um copo de água e desço pra pegar o ônibus.

    No estágio a rotina se repete também: chego pouco antes do horário, ligo o computador, checo meus e-mails, leio as manchetes de alguns jornais, feito isso me dedico a estudar alguma coisa, vez por outra - uma na vida e outra na morte - sou interrompido por alguém que me pede para escrever um fax ou editar algum texto. por volta das 13h, saio.

    Por volta das 13h30min estou no RU, engulo a comida e corro pra começar a jornada de aulas. Aqui ocorrem as únicas variações na minha semana: segundas e quartas tenho duas aulas, uma das 14h-16h e outra das 21h-22:30h, nesse meio tempo enrolo, nado, converso, durmo e tento estudar alguma coisa; nas terças e quintas tenho aulas no período das 14h-20h initerruptamente, ao fim volto pra casa e desmaio na cama. Na sexta o horário de aulas e estágio é invertido, ou seja, aula direto das 8h-12h e estágio das 15h-19h.

    Nos fins de semana as coisas variam entre dormir na biblioteca tentando estudar, sair pra algum lugar ou visitar alguém.

    A cada manhã, qdo ouço o despertador a única certeza que tenho é: "O TEMPO NÃO PASSA!"

    domingo, 3 de abril de 2005

    Divagações

    De uns tempos pra cá isso aqui tem se tornado mais o que eu pretendia fazer desde o começo: um "diário de bordo". Infelizmente isso tem acontecido pq tenho tido a cada dia menos " tesão" de escrever aqui. O tesão está menor não porque não queira mais escrever pra vocês, mas sim porque a cada dia que passa me sinto mais incapaz de escrever algo de forma interessante.

    Uma confusão inconciente e infundada anda me consumindo, confusão?Bem... essa não é a melhor palavra. Não sei bem dizer o que é... é um enjôo de mim mesmo, uma falta crônica de idéias, sei lá!

    Hoje no entanto resolvi responder a meu próprio post - aquele que falava sobre não saber pq mesmo conhecendo o "caminho pra felicidade", eu continuava infeliz. O Segredo é a postura, uma postura infeliz - ou neutra - leva a um estado de espírito infeliz - ou neutro - outro ponto importante é praticar o que se sabe, não adianta ter conhecimento da "pequena felicidade", é preciso vivê-la para que faça sentido, para que ela me torne feliz.

    Resta-me agora buscar aplicar o que compreendi...

    domingo, 27 de março de 2005

    O novo blog

    Quem passou por aqui nos últimos dias deve estar sabendo do blog que fiz para postar o meu livro de poesias. Essa foi a forma mais lenta e gradual que arrumei de redigitar meus poemas ( já que perdi todas as suas versões digitais) e ao mesmo tempo dar-lhes uma certa publicidade. No entanto, publicar minhas poesias sob a forma de um blog tem uma séria desvantagem, elas saem da ordem cronológica, já que o critério para a "postagem" é como me sinto no dia.

    De toda a forma acredito que, para aqueles que por qualquer que seja a razão, querem saber mais sobre mim, sobre como me sinto e o que penso, o novo blog é uma boa fonte de sentimentos e posições em relação à vida.

    mais uma vez o endereço é: http://monologodostres.blogspot.com

    Sobre o dia de hoje naum há muito o que declarar, almocei com duas amigas - Jana e Dani - conversamos um pouco, depois cada um tomou seu rumo. Estudei um pouco e visitei minha tia. em casa comi um pouco de chocolate e matei o tempo no msn.

    sábado, 26 de março de 2005

    Nada de muito novo debaixo do sol

    Tenho tocado a vida na boa, como tinha dito outro dia: levando a vida como um barco a velas, umas vezes na impolgação e outras na morgação. Não tenho feito nada muito emocionante, mas também não tenho vivido no tédio total.

    Sexta última (ontem) fui no poço azul, eu o Jonas e a namorada, e o Maranhão. foi bem legal, estava com muita saudade do lugar, foi muito bom mergulhar naquelas cachoeiras de novo. Foi a primeira vez que sai com a namorada do Jonas, uma garota super gente fina e sem nenhuma frescura, ele é mesmo um felizardo! Passamos algumas horas fazendo trilha e curtindo as cachoeiras, saímos aqui de casa às 10 e voltamos às 16 horas.

    Chegando em casa fiquei sabendo de uma armação pra ir ao cinema. Tratei de arrumar carona e fui com o pessoal. Assistimos "Herói", um excelente filme chinês (se alguém entendeu o que o nome do Quentin Tarantino faz no cartaz do filme por favor me explica!!!) com muita filosofia e simbolismo vou até baixá-lo para assistir mais vezes. Depois do filme fomos para o pontão discutir o filme, recitar poesia e jogar papo fora.

    Hj almoçamos "em família", ou melhor, entre "sem-famílias", decidi reunir o pessoal que naum é aqui de Brasília pra não passarmos a páscoa tão solitários. Nem todo mundo que eu gostaria que fosse compareceu, mas mesmo assim foi bom, deu pra me sentir mais "acolhido". a festa que tinha programado para agora a noite aqui em casa não deu muito certo, ou melhor, não deu nada certo! Mas paciência.

    Bem, acho que é isso...

    Blog para poesias!

    Criei um novo blog para divulgar as poesias que escrevi ao longo desses anos, dêem uma passada por lá: http://monologodostres.blogspot.com/

    sábado, 12 de março de 2005

    Tédio com um T enorme pra você

    A grande verdade é que eu naum queria estar escrevendo aqui agora, na verdade nem tenho o que escrever, mas como me encontro completamente preso e incapaz de realizar qualquer outra coisa decidi me refugiar nesse pequeno espaço que tem se tornado meu lugar de desabafo. Tenho me feito e refeito as mesmas perguntas nos últimos tempos, no entanto as respostas parecem não existir ou não estarem ao meu alcance.

    O pior de tudo é que nunca me dei o direito de sofrer ou me angustiar, nunca achei que tivesse motivos bons o bastante, a verdade é que continuo não os tendo, mas também não tenho uma fonte de felicidade que me alimente com pequenas doses diárias, não tenho sido fonte da minha felicidade, e uma das perquntas que me atormenta é: porque? Porque mesmo sabendo que o segredo da vida está nas pequenas coisas, mesmo reconhecendo a inportância da reflexão diária sobre a vida como instrumento de consciência da felicidade, mesmo buscando uma vida simples, mesmo procurando amar ao próximo, mesmo sendo um conhecedor do poder que tem um abraço, porque ainda assim essas coisas parecem não surtir efeito? POR QUÊ??? Pior, porque o efeito dessas medidas se mostram tão efemeros e porque o caminho do meio me parece tão insoso?

    Outra pergunta que não se cala: porque os livros que leio me agradam mais do que os dias que vivo? porque eles parecem tão mais cheios de vida do que a vida que vivo?

    E mais uma última pra encerrar... Se não sou uma pessoa rica e capaz de adquirir tudo o que desejo porque nada mais parece me interessar verdadeiramente, porque me sinto como se não precisasse de nada disso, como se já tivesse enjoado de todas as coisas materias, porque sofro desse tédio?

    ....

    Nota de esclarecimento: as palavras tendem a ser menos precisas que os sentimentos, mas podem também fazê-los soar mais graves e profundos do que realmente são.

    terça-feira, 8 de março de 2005

    "Na teoria você está voltando, na prática você nunca foi"

    A frase a cima é uma mensagem de volta às aulas para os alunos do IESB, uma faculdade particular aqui de Brasília, nela consegui perceber um toque muito sutil e refinado de ironia que realmente não sei se foi planejado. Aparentemente sem sentido óbvio, parecendo ser algum tipo de "frase filosófica" pra fazer pensar, a frase pode ser interpretada da seguinte maneira: "Na teoria você está voltando (das férias), mas na prática você nunca foi(já que teve que pagar a mensalidade durante esse tempo)". Interessante, não? Será que quem a escreveu pensou nisso? Quem sabe!?...

    Outro sentido, mais místico (na falta de palavra melhor), pode ser dado a frase: O indivíduo não pode estar voltando porque sempre esteve presente na lembrança, ou nos corações, daqueles que aguardavam o seu retorno. Esse e o sentido pelo qual escolhi essa frase para entitular o "post" de hoje.

    Da última vez que escrevi estava em Salvador e lá tive "férias de inverno" no verão, pois choveu constantemente. A chuva tornou todos os programas de verão (basicamente praia, praia e mais praia) impraticáveis, mas me deu a oportunidade de realizar outras atividades que são também muito legais e que satisfazem profundamente a alma: ler e bater longos papos com os amigos.

    Lá, além de meus primos (Daniel,Paulinha e Gustavo) encontrei-me com dois grandes amigos, um deles (André - amigo de infância, juventude e velhice se assim for pra ser!!!), vi apenas no meu último dia na cidade por um problema de horários incompatíveis (ele só tinha tempo livre a noite, e eu não tinha como me confiar em ônibus nesse horário), mesmo assim conversamos um pouco, o suficiente pra perceber a necessidade de conversar muito, muito mais.

    Já com a outra (odeio o português com seus plurais machistas!!!) conversei muito, mas muito menos do que gostaríamos que acontecesse. Nos encontramos umas quatro vezes e numa delas passamos do sábado às 15h até o domingo as 13h ( Vinha, percebeste que foram quase 24h juntos?). Os papos fluíam com uma facilidade e variedade enorme, são poucas as pessoas com quem consigo algo assim - não é atoa que somos "espelhos". Bem sei que os demais querem saber sobre o que conversamos, mas acho que não vou escrever aqui, primeiro porque é um número incrível de coisas diferentes, segundo porque elas surgiam e eram discutidas sem a menor ordem lógica e terceiro que fazendo isso exporia demais as nossas duas pessoas, como todo bom maníaco por "privacidade intelecto-emocional" isso é algo que jamais faria.

    Saindo de Salvador passei rapidamente em Petrolina rumo a Sento-Sé - cidade em que agora moram meus pais. em Petrolina encontrei, de maneira mais breve que a desejada, alguém que teve um papel muito importante na minha vida adolescente - sim, é você mesma, sei que se você ler isso aqui vai se perguntar se é você, não cito seu nome porque não sei a sua opinião em relação a isso - alguém com quem aprendi muito sobre sinceridade e auto-doação - ainda que você ache o que digo aqui um 'nonsense', saiba que é como vejo as coisas. Há muito que meus encontros com essa pessoa tem sido meros "teasers", sempre durando naum mais que alguns minutos, me deixando sempre frustrado por não termos tempo de conversar mais longamente - sinto falta de conversar com você, e essa falta nada tem a ver com o que ocorreu no passado, ou melhor, tem muito a ver com a boa amizade que construímos.

    Sento-Sé, territorialmente quase do tamanho do estado de Sergipe, é um dos municípios mais pobres da bahia, a sede do município é minúscula e a educação deficiente e a econômia quase inexistente privam a cidade de pessoas com quem travar uma boa conversa e de opções de lazer, respectivamente. No entanto foi nesse lugar que meu pai decidiu se engajar políticamente, e é lá que ele sonha fazer a sua parte por um mundo melhor, então tudo o que posso fazer é aceitar, aplaudir e ajudar como puder. Durante o tempo que lá passei tudo o que fiz foi converar com a minha mãe (há tempos não fazia isso), ler e assistir TV (depois de morar um ano e meio sem ela já não sei como conseguia suportá-la por tanto tempo antes!).

    De Sento-sé fui para Petrolina onde reencontrei os outros dois da "tríade". Carlos Thiago e Victor - grandes companheiros do segundo grau e pra toda vida - saímos em busca de lazer na noite Petrolinense e tudo que achamos foram bares semi-vazios e um sohw de música ruim (Calypso - não escrever isso direito e não faço a mínima questão!), depois de rodar pelos bares vazios e batermos papo decidimos arriscar o show. Do show em si eu não tenho o que falar, fiz o possível pra me concentrar e não ouvir a música e nem olhar pro palco (pois às vezes em que ousei fazê-lo presenciei uma verdadeira objetificação do corpo humano), lá encontrei alguns conhecidos e passei a maior parte do tempo conversando.

    Agora, cá estou eu de volta a Brasília, um novo semestre, novas pessoas a se conhecer, novas aventuras a viver... Bem, agora sim 2005 aqui vou eu!!!

    quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

    Editorial + Ultimos dias

    Caros Amigos/Leitores,

    De uns tempos pra cá os comentários de vocês aqui nesse blog tem minguado bastante. Sem dúvida a maior parte da culpa é minha por não atualizar com uma freqüência regular. Talvez a qualidade dos posts tenha caido, ou talvez vocês tenham enjoado de me ver o tempo todo reclamando da vida. Talvez o fato seja apenas que vocês não tem tido tempo (nossas vidas tem sido tão atribuladas desde que deixamos de ser crianças e só parece piorar agora que vamos deixando pra trás, também, a adolescência). Bem pouco importa as razões disso tudo, porque no fim das contas não pretendo parar de escrever, desde o princípio a idéia desse blog era contar as minhas aventuras para os amigos que fiz nos lugares em que morei ou apenas passei algum tempo (objetivo nunca seguido a risca, já que isso aqui sempre foi muito mais impressionista e expressionista do que uma narrativa objetiva), e mesmo que eles não estejam lendo, no fundo sinto, egoista que sou, que escrevo pra mim mesmo... Ah! claro muito obrigado Miaguta e Vivinha pelos seus comentários recentes, e obrigado a todos que me leêm, comentando ou não.

    Desde que escrevi a última vez já viajei mais algumas centenas de quilômetros: estou em Salvador-BA, depois de ter passado por Recife, Petrolina e Itabuna/Ilhéus. Mas vamos por partes...

    Com o fim do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, retornei a Brasília no ônibus da UnB (mesmo da ida), tivemos problemas para sair porque pessoas haviam sido deixadas pra trás pelos outros ônibus e porque uma das pessoas que veio no nosso parecia estar perdida na cidade. Com esses imprevistos acabamos sainda bem mais tarde do que as 19h - horário previsto para a partida. No ônibus todo mundo dormiu até cansar de dormir e qdo cansou dormiu de novo pra descansar! haeuieheiuea. Os dias do fórum foram exaustivos. Qdo não estavamos dormindo matavamos o tempo brincando de "Máfia". Conheci uma garota chamada Suzana nessa viagem de volta - ela foi uma das pessoas deixadas pra trás - ela faz um estilo meio misterioso e parece bastante eclética - ainda que um tanto exótica (ou é esótica? alguém me explica a diferença por favor?) - em seus gostos (não tendo os meus gostos como padrão, mas sim os de uma "pessoa média"), não precisa nem dizer que fiquei curioso por conhecê-la melhor... bem só na volta agora. Em Brasília mesmo passei umas 12h, foi o tempo de pegar minha passagem para Petrolina, resolver alguns pepinos, passar na casa de uma amiga (Hevelyn para quem a conhece) e tocar o carro pro aeroporto.

    Aeroporto. Chego em cima da hora, mas e daí? o vôo tá atrasado mesmo! haiuaeheiuehi. Acaba atrasando uma hora. Chegando no aeroporto de Recife, onde deveria fazer a conexão, descubro que esse atraso de uma hora significou perder a conexão de Recife a Petrolina. Tudo bem, nada de pânico, a moça da Varig logo nos informa que irá nos alojar num hotel e que irá nos enviar para Petrolina assim que possível. Chegando no hotel (quarto com vista pro mar - a duas quadras dele, mas ainda assim com vista pro mar) conclui que poderia ter um dia de praia as custas da Varig e logo a raiva se foi. Infelizmente não consegui avisar aos meus pais sobre os meus planos e os planos de praia foram por água abaixo e eu embarquei no primeiro vôo que a Varig conseguiu me encaixar.

    Enfim Petrolina, quase em casa. Como meus pais precisaram sair de lá para uma reunião em outra cidade (na qual eles agora moram) eu fiquei uns quatro dias na casa de um grande amigo (Victor), conversamos um tanto sobre esses novos tempos, sobre o presente e o futuro, demos umas voltas pela cidade visitamos Lara (namorada dele e minha amiga), é bom ver como os dois estão felizes e se dando tão bem. Joguei um pouco de RPG e dei um volta com Victor e Paulo Henrique, pela "night" petrolinense, uma decepção! Plena sexta a noite e nada acontecia! Bem ces't Petrolina! Depois de alguns dias meus pais foram pra lá encontrar-se comigo para viajarmos pra Itabuna.

    Na verdade eu não passei o carnaval em Itabuna/Ilhéus, mas sim na fazenda de meu tio/padrinho que fica bem próxima a essas cidades. Cavalguei, curti uma preguiça, comi muito churrasco, visitei rapidamente as cidades de Itabuna e Ilhéus, está última famosa na prosa de Jorge Amado. Foi uma boa semana de descanso, puro ócio, algo de que eu estava realmente necessitado.

    Aqui em Salvador eu encontrei chuva e uma maldita inflamação na garganta. Até agora consegui, ao menos, encontrar com alguém que a muito desejava ver - Vivinha! - e estou planejado marcar um "Grande Encontro" - haeuiehaeiueh!!! - com meus amigos que aqui moram nesse fim de semana, vamos ver que bixo que dá...

    domingo, 30 de janeiro de 2005

    " No sea um vegetal participe del foro mundial!!! (Otro mundo es posible)"

    Bem, bem, bem, cá estou eu. Última noite de Fórum Social Mundial (FSM) e cá estou, sentado escrevendo o meu post... o Fórum não foi assim tão maravilhoso qto eu esperei, na verdade me decepcionou muito, muita desordem, drogas, desorganização por parte de participantes e organizadores, conferências e debates superficiais.

    Cheguei aqui com dois objetivos: conhecer pessoas das mais diversas partes do mundo que de uma forma ou de outra podessem ser úteis ao meu crescimento pessoal e ao desenvolvimento de atividades em que eu esteja envolvido ou venha a me envolver; e aprofundar (e angariar) conhecimento sobre movimentos sociais, política, educação e outras coisas mais. Nem um nem outro objetivo foi atendido satisfatoriamente, é bem verdade que assisti a conferências razoavelmente informativas e conheci duas peossoas (a Andrée - de Quebec no Canadá - e a Martina - da Itália. A primeira é simplesmente uma estudante universitária e a outra faz parte de uma organização pela ploriferação da não violência), mas isso fica bem aquem do que eu pretendia e esperava.

    Andrée eu conheci enquanto assistia um debate sobre o G20 (grupo de vinte países encabeçados por Brasil, Índia e Africa do Sul - acho - que se destacou nas negociações da OMC em Cancún) conversamos bastante sobre o Brasil e o Canadá, sobre o fórum e um pouco sobre cada um de nós. Combinamos de almoçar juntos no dia seguinte mas isso não aconteceu porque ela resolveu ir pra uma conferência na hora do almoço (bem, bem, bem, que podia eu fazer, né?!). Trocamos e-mails em breve devo escrever algo pra ela.

    Martina conheci numa oficina sobre soluções não-violentas de conflitos, também trocamos e-mails e ela ficou de me mandar uns artigos - em italiano infelizmente - sobre não violência. Quase não conversamos, o contato foi muito "profissional".

    A coisa mais interessante do fórum pra mim foi o contato com as atividades de não-violência e do uso desta como "arma" para a solução dos conflitos existentes hoje no mundo, uma das conferências que assisti foi de uma ONG que se propõe a treinar agentes de paz não-armados para atuar em situação de crise. O tema muito me interessou e devo pesquisar um pouco mais sobre isso. Quem sabe eu não tenha descoberto a minha vocação como internacionalista?

    O mais incrível de tudo é que, apesar de achar que o principal interesse das pessoas aqui era farrear, até mesmo as festas e shows me pareceram ruins, eram sempre desanimados e marcados pela presença massiva de drogas e homens.

    No entanto não culpo ao Fórum em si apenas, a culpa é em boa parte minha também, pois não procurei ativamente a realização desses objetivos.

    quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

    As coisas só tem que dar certo, necessariamente, no final.

    Durante muito tempo deixei de fazer algumas coisas, e adiei e muito estudei antes de fazer outras, porque achava que elas tinham que dar certo de qualquer jeito. Pensando assim os riscos sempre me pareceram muito altos e as ações eram em geral tímidas (na tentativa de reduzir os riscos), ou simplesmente não existiam.
    Como que num surto de iluminação (estava pensando sobre o marasmo que tem sido a minha vida afetiva e quais os motivos para tanto) surgiu em minha mente a seguinte frase:

    "As coisas só tem que, necessariamente, dar certo no final."
    Pode parecer uma frase boba, ela até é bem sem sentido tirada do contexto, mas pra mim ela resolve todo esse problema do medo de arriscar. Não tenho razões para me preocupar tanto com o desfecho de tudo o que faço, não tenho por obrigação que fazer sempre coisas que dão certo, já que no final tudo dá certo, não existem motivos para que eu erre no meio e, principalmente, no começo. Tenho mais é que aproveitar esses momentos para errar e aprender com os meus erros, para experimentar e ousar, afinal a hora das coisas darem obrigatoriamente certo é so no final, é só quando o aprendizado estiver concluído.
    Lógico que não estou dizendo para fazer tudo errado pq só pode dar certo no final, nada disso, o que digo é que não preciso ter medo de errar porque mesmo que eu erre as coisas darão certo no final, meu erro de agora é condição necessária para o meu sucesso futuro, para "o final que dará certo"!

    domingo, 16 de janeiro de 2005

    "PERSONAL COMPANION TABAJARA tm"

    Sinceramente, "tem dias que a gente um pouco, talvez, menos gente" e os últimos dias tem sido assim. Não me sinto inferior ou incapaz, apenas incompleto. Acho que já reclamei demais disto por aqui, mas é um problema recorrente, porém quando fiz meu primeiro post sem reclamações tinha prometido a mim mesmo que seria menos negativo, que olharia mais o lado bom das coisas, então é melhor encarar isso por uma outra perspectiva.
    Existem algumas pessoas na presença das quais me sinto muito bem, me sinto feliz de simplesmente compartilhar com elas o momento, seja porque são pessoas cuja beleza (física e espiritual) eu adimiro, seja porque a conversa é fluida e proveitosa. A verdade (se é que existe uma) é que não existe nada que me faça sentir melhor do que estar ao lado de uma pessoa que precise de companhia, ou que simplesmente aprecie a minha, é por isso que chego a pensar que o meu destino é ser um "PERSONAL COMPANION TABAJARA tm", uma companhia profissional, apesar de que a sensação é muito mais de hobbie que de qualquer outra coisa.
    Meus amigos tem sido a minha vida nos últimos tempos, estar com eles a minha felicidade, no entanto a sensação de que falta algo é uma constante. Acho que por mais que viva um "amor difuso" e incondicional me sinto condicionado a viver um "amor concentrado", por mais que conheça cada vez mais pessoas e que por cada uma delas nutra uma afeição especial, sempre sinto falta de alguém em especial dentre os que me afeiçôo.
    E o que piora tudo isso é que meu "amorômetro" parece quebrado, a leitura não é diferente em relação a ninguém, sempre aponta as pessoas como amigas, ninguém se destaca dentre elas, apesar de serem todas pessoas posuidoras de muito charme e características interessantes. Por um lado, acho que a leitura é prejudicada pelo excesso de carinho que dedico a todos, por outro acho que é culpa de minha baia estima, sempre julgando as pessoas como "demais pra mim".
    Ambos os fatores acima me colocam numa categoria muito restrita: a de "homens que querem ser cantados". Por mais que saiba o quanto é difícil fazer uma mulher tomar a iniciativa nessas situações, continuo a querer que as coisas aocntençam às avessas. Seria isso mais uma expressão de baixa estima, um charme de garoto que já foi tímido, ou um mero fetiche? Quem saberá explicar?