domingo, 22 de maio de 2005

A vida num "recorte" de e-mail

Estava escrevendo um e-mail para uma amiga minha - sim Lys, esse é um pedaço do e-mail que eu te escrevi, então podes economizar o teu tempo e não ler (hehehe) - e gostei do que escrevi sobre a minha vida aqui em Brasília, achei que servia como um bom resumo geral, e por isso resolvi postar aqui, unindo o útil ao agradável:


"Aqui a vida anda a passos lentos, algumas vezes fico atolado com as matérias - diferente de você não consigo por ordem e previsibilidade na minha vida, continuo achando que "o acaso vai me proteger enquanto eu andar destraído" - outras eu simplesmente me sinto a deriva num mar sem vento!

Continuo um solitário, tanto de "parceira" como de amigos, vocês e fazem uma falta maior do que jamais imaginei. Me conformo com minha situação e tento tocar as coisas em frente, mas as vezes me sinto meio sem chão, mesmo quando estou rodeado de gente me sinto só, e mesmo quando me divirto em "atividades coletivas" parece que a diversão e individual de cada um, e não uma coisa realmente coletiva... acho que me falta uma sensação de pertencimento, não consigo deixar de pensar que "não sou daqui"...

Ainda assim tenho tido ótimos momentos, tenho conhecido muitas coisas novas: estilos musicais diferentes, formas de pensar diferentes, novas idéias, etc. Tenho também aprendido a me divertir sozinho e a pentelhar as pessoas para que se divirtam comigo - sim, eu preciso realmente pentelhar as pessoas para que elas se divirtam, um absurdo isso! mas um absurdo real - a cada dia que passo fico melhor nisso, mas as pessoas também vão se tornando mais difícil de convencer, acho que isso tem haver com o fato de que elas estão cada vez mais próximas da temível vida adulta.

Como comecei a estagiar na Divisão do Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, tenho menos tempo livre do que jamais tive, e o estágio também me impôs uma rotina, pra dizer a verdade, ele, a natação e as aulas tomam todo o meu tempo ao longo da semana, sendo que saio de casa todos os dias por volta das 8h da manhã e nunca chego antes das 22h. Uma tremenda canceira!!!

Para combater essa "rotina de adulto" acabei tendo que criar uma outra rotina, uma espécie de rotina para fugir da rotina, a qual inclui ir ao teatro nacional assistir aos concertos semanais, tirar um tempo para conversar com as pessoas na faculdade e, principalmente, matar aulas chatas pra fazer algo mais interessante ou importante. E assim eu vou vivendo..."

Nenhum comentário: