terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Falta do que fazer!!!

Caramba, a cada dia tenho mais certeza de que sou um velho rabugento de 20 anos de idade! Vivo o tempo todo reclamando da vida aqui, sempre digo que tá tudo muito corrido, que não aquento mais tanto trabalho, que tá um saco estar sozinho, bla,bla,bla!!! Poisé, hoje resolvi fazer diferente, pretendo reclamar menos nesse post, prometo até! Mas, pra não perder o hábito, deixa eu reclamar da falta do que fazer - isso mesmo, primeiro reclamo por ter que fazer muitas coisas ao mesmo tempo e agora reclamo de não ter o que fazer, eu não tenho jeito mesmo!!! Resolvi ficar esse recesso aqui em Brasília pra economizar uns trocados e poder ir pro FSM (Fórum Social Mundial) em janeiro por conta própria e acabei passando uma semana do recesso fazendo o trabalho de Teoria Política Contemporânea e, por enquanto, o resto do tempo jogando computador e no MSN, ou seja, simplesmente matando o tempo!!! Num tédio só!

Tudo bem, tudo bem, eu disse que não ia reclamar, tá, tá, já parei!

Meu dia de Natal teria sido triste se não fosse pela Paula (quase caloura de POL) que me convidou - leia-se: intimou - a sair com ela pra não passarmos o natal sozinhos. Fomos ao cinema, jogamos fliperama, e ficamos até de madrugada jogando cartas, me diverti bastante, nunca mais tinha tido um dia tão descompromissado e agradável como esse. A ceia na noite anterior entaum nem se fala, o Leo Kazuo (do meu semestre na UnB) me convidou pra passar com ele e a família, a comida estava demais e o clima era o melhor possível, a família dele nos recebeu, a mim e ao Lucas (que mora comigo aqui na república), como se fossemos de casa, e nos contaram várias estórias engraçadas que aconteceram ao longo desses anos. Simples, modesta, mas simples e modestamente perfeita!!!

Minha Ceia e meu dia de Natal me mostram uma coisa que estou cansado de repetir mas que sempre acabo ignorando: A felicidade real está nas pequenas coisas, nas coisas menores e mais simples da vida, mas é preciso ter consciência disso pra aproveitar, não basta que essas coisas existam e aconteçam a todo tempo, é preciso vivê-las total e completamente, é preciso estar "presente no presente", fazer as coisas com atenção, dedicação e prazer, para ver a felicidade fluir em nossas vidas. Aproveito esse momento de sabedoria (ou de clichê, se vc preferir) para inserir aqui os meus votos de Ano Novo para todos os meus (poucos) leitores que se dão ao trabalho de entrar aqui para, na maioria das vezes, encontrar apenas textos antigos, bem os votos são os seguintes:

Que 2005 se faça presente em vocês e vocês nele, que cada momento seja vivido, ou melhor saboreado lenta e propriamente, pois só assim seremos capazes de degustar a verdadeira felicidade que é viver, não existe passado nem futuro, existe apenas o aqui e o agora, o passado é dor e o futuro é dor, só a presença incondicional traz a felicidade!!!
Não quero dizer com isso que o passado e o futuro sejam coisas ruins, mas se você se apega a qualquer um dos dois, acaba por não viver o agora, acaba se esquecendo de ser feliz.

UM FELIZ 2005 PARA TODOS!!!!!!!

P.s.: Estou escrevendo hoje porque amanhã estou indo pra lençóis na bahia, então só terei internet novamente lá pra quarta da semana que vem.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

"E agooora que faço eu da vida..."

O "sem você" fica prum outro dia, porque o meu problema, ultimamente, nem de longe é falta de companhia, ao menos não de uma companhia em especial. Agora que o recesso chegou e não fui pra casa um tremendo vazio toma conta de minha alma nas horas a fio que passo em frente ao computador, é bem verdade que tenho tido bons momentos no mundo real, mas a maior parte do tempo é uma falta do que fazer tão generalizada que chega a me dar nos nervos!!! Nunca o msn foi tão sem graça e os jogos tão chatos. Eu também nunca fui tão chato, tão má companhia pra mim mesmo, vivo reclamando de tudo e nada faço pra mudar, que saco!

A verdade é que tenho me sentido meio perdido, ou pior, parado. Sinto como se tivesse chegado num ponto do caminho da vida e estacionado pra ficar pensando sobre que caminho tomar depois, só que o depois não vem. E ai começam as dúvidas, e quantas dúvidas!!! Estou no lugar certo? o que faço aqui? Se não ficar aqui, pra onde vou??? Não aguento mais tudo isso, no dia a dia nem me faço tanto essas perguntas, mas elas ficam latentes em minha mente, e pulsam lá no fundo, fazendo com que eu sinta um constante vazio, uma profunda dúvida. Como já disse antes, a vontade que tenho é de sair por ai caminhando à busca das respostas a essas perguntas, mas inventamos o dinheiro e as responsabilidades, e com eles fica difícil realizar esse sonho!

Chega de lamúrias... vou dormir...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

No olho do furacão!

Como posso estar aqui agora escrevendo? Tanta coisa por fazer, trabalhos, fichamentos, dezenas de páginas por ler, e ainda assim me acho desocupado, como pode ser? A única explicação que encontro para tanto se encontra no olho do furacão.

Apesar de todo o alvoroço e destruição que um furacão é capaz de fazer por onde passa, existe um lugar, bem no meio de toda essa bagunça que é completamente tranquilo, é o que se chama de olho do furacão, o centro de rotação dos ventos que formam esse fenômeno da natureza. Por mais extranho que possa parecer esse ponto, bem no centro de toda a confusão é tranquilo e inerte. Comigo o que se passa é que estou num "vácuo de atividades", apesar de ter muito a fazer, nada é imediato, então não faço e tenho a ilusão de que estou sem o que fazer.

Minha vida continua provisória, contingencial, faço apenas aquilo que precisa ser entregue logo em seguida, ou aquilo que precisa ser feito o quanto antes, nada de manter matérias em dia ou adiantar leitura, vou preguiçosamente seguindo em frente. É bem verdade que por causa disso trabalho muito mais do que se me organizasse, mas simplesmente não consigo me organizar pq não me sinto estimulado para tanto. Nem sei ao certo o que estou fazendo aqui, não sei o que quero para o futuro e isso me desanima pra estudar, quero sim aprender várias coisas, mas me sinto impedido de conhecer algumas e desestimulado para aprender outras, no fim me canso muito pra aprender pouco, ou quase nada, a cada semestre que passa aprendo menos, e não é porque estou chegando a um limite de conhecimento (isso nem é possível), mas simplesmente porque as coisas se repetem ou se mostram dispensáveis. As aulas se mostram inúteis e os professores incopetentes, muitos até possuem um conhecimento invejável, mas passá-lo é um mistério para eles, outros até sabem dar uma boa aula, mas perdem a noção do impossível quando vão cobrar a matéria em provas e trabalhos, e no fim das contas faço tudo o que preciso pra conseguir as notas, e só, porque se fosse fazer mais teria que abdicar dos poucos momentos de pessoalidade que ainda tenho.

Tudo o que queria era poder parar tudo agora e sair sem rumo. Trancar a faculdade, cancelar a volta pra casa e viajar por ai, conhecer lugares e neles conhecer a mim mesmo, não sei mais (já soube?) o que quero, não sei onde quero ir, menos ainda como chegar a algum lugar, e acho que só me perdendo pelo mundo é que vou me achar, mas como nada disso é possível, a gente segue rumo ao nada, rumo à formatura e seja o que Deus quiser, afinal de contas nada pode ficar tão ruim que não se possa dar um jeito. "No fim das contas, tudo acaba dando certo, e se não der, ainda não acabou"... já dizia o "velho deitado".